Se você já passou por um procedimento de ostomia, não há motivo para parar de praticar atividades físicas depois de ter um estoma. De fato, agora você tem ainda mais motivos para manter-se ativo. Por isso, depois de sentir-se pronto, exercícios leves devem ajudar você a entrar em uma nova rotina com sua bolsa de ostomia.

Nesse sentido, recomendamos que você comece a praticar atividades físicas leves como, por exemplo, caminhadas curtas e, com o tempo, aumente a distância das caminhadas. Entretanto, além da caminhada, existem outras opções de exercícios que você poderá fazer após sua recuperação geral.

Atividades físicas regulares promovem benefícios

A prática de atividades físicas regulares é fundamental para manter a saúde e o bem-estar dos ostomizados após a cirurgia. Sobretudo, promove inúmeros benefícios a saúde, como o fortalecimento dos ossos e da musculatura, melhorias na circulação sanguínea e na capacidade respiratória.

Além destes benefícios, a prática de exercícios físicos também pode elevar a autoestima, porque a pessoa mais ativa poderá experimentar uma sensação prolongada de bem-estar.

Comece as atividades físicas gradualmente

Primeiramente, é importante começar a praticar atividades físicas em um ritmo lento, independente da colostomia, ileostomia ou urostomia realizada. Lembre-se, se você fez uma cirurgia recente, seus músculos abdominais precisam de tempo para se recuperar, antes que você possa sobrecarregá-los.

De qualquer forma, sugerimos que você discuta seus planos de treino com seu médico, e obtenha a autorização dele, antes de começar a praticar atividades físicas por conta própria.

Certamente, seu médico poderá orientar você da melhor maneira. Além dele, um estomaterapeuta poderá recomendar o uso de acessórios, como, por exemplo, o cinto de ostomia, para ajudar a apoiar seu abdômen e manter a bolsa de ostomia no lugar.

Posso correr com ostomia?

Sim. Uma vez que seu médico tenha liberado as atividades físicas, e você tenha atravessado aquela fase inicial de adaptação, realizando exercícios mais leves. Então, você poderá começar a correr lentamente.

No começo, você pode tentar fazer intervalos de caminhada por alguns minutos e, em seguida, intercalar com corrida depois de alguns minutos. Com certeza, isso poderá ajudá-lo a aumentar sua resistência nas corridas ao longo do tempo.

De qualquer forma, é provável que os ostomizados praticantes de corrida, prefiram usar bandagens para manter seu sistema de bolsas seguro. Mesmo que as barreiras da pele da ostomia sejam resistentes à água, e por isso devam permanecer seladas à sua pele enquanto você se move e transpira, é normal ter receio de algum tipo de vazamento.

Além disso, outros acessórios, como o cinto de ostomia, podem ajudar a manter sua bolsa no lugar correto durante a prática de atividades físicas.

Outra ótima opção de acessório são as tiras de barreira, com a função de manter a barreira da pele ao redor da ostomia mais protegida, além de ajudar a evitar possíveis vazamentos.

Posso fazer yoga ou pilates com ostomia?

Sim, você poderá praticar yoga ou pilates com sua bolsa de ostomia. No entanto, se você já era um iogue experiente antes da cirurgia de ostomia, saberá que diferentes práticas de yoga têm níveis variados de intensidade nos exercícios.

Por exemplo, o Hatha Yoga é uma prática mais lenta e pacífica de yoga, enquanto outras como a Acroyoga, combinam as posturas da yoga com acrobacias e, por isso, demandam mais força e movimentos complexos para o praticante.

Por isso, a recomendação é trazer esse assunto para a conversa com seu médico sobre o retorno às atividades favoritas, como yoga ou pilates.

Ele deverá certificar-se que os locais de incisão estejam totalmente cicatrizados, assim como os músculos abdominais, pois estas atividades demandam muito da força do abdômen.

Sem dúvida, os professores de yoga ou pilates entenderão seus limites, mas é prudente você dizer que foi submetido a uma cirurgia abdominal. Além disso, não tenha medo de seguir com as aulas no seu próprio ritmo.

Pode ser que muitas pessoas praticantes de yoga ou pilates, prefiram usar bandagens para manter seu sistema de bolsas seguro. Mesmo que, a maioria das barreiras da ostomia da pele sejam resistentes à água e, por isso, tendem a permanecer seladas à sua pele enquanto você se move e transpira.

Posso nadar com ostomia?

Com certeza, você poderá voltar a nadar com sua ostomia depois que seu médico lhe der a permissão. De fato, a natação em ritmo lento é uma ótima atividade física para fortalecer as costas após a cirurgia de ostomia.

No entanto, é normal surgirem algumas inseguranças antes de você começar a nadar. Por exemplo, e quanto a vazamentos? Ou então, se alguém consegue ver sua bolsa de ostomia através do maiô?

Afinal, você quer relaxar e aproveitar o momento enquanto nada ou mesmo aproveita a piscina para descansar. Portanto, não se preocupe, existem opções de acessórios para lidar com estas questões, como roupas de banho apropriadas ou filtros para acoplar na bolsa de ostomia.

Por exemplo, se você tiver uma colostomia ou uma ileostomia, é recomendado cobrir o filtro da bolsa de ostomia para impedir que a água possa adentrar pela sua bolsa, causando volume por baixo do maiô.

Em princípio, sua bolsa de ostomia e a barreira da pele são resistentes à água, por isso, devem manter uma boa aderência à pele. No entanto, você pode usar acessórios para manter seu sistema de bolsa mais seguro, como as tiras de barreira, bolsas fechadas ou mini bolsa sem filtro.

Cuidados necessários durante os exercícios

Independentemente da atividade física que você escolher, algumas dicas são úteis para sua saúde ao adaptar sua ostomia com as atividades físicas regulares. Confira a seguir:

  • Mantenha-se bem hidratado;
  • Evite ingerir alimentos que possam causar sensação de estufamento, dor abdominal ou gases;
  • Alimente-se com uma dieta saudável conforme a orientação do médico;
  • Comece os exercícios em menor intensidade, em seguida, aumente o esforço;

Lembre-se, é importante saber que algumas atividades físicas oferecem maiores riscos, por isso, convém evitar determinados exercícios.

Por exemplo, esportes de contato e com alto risco de impacto, por exemplo, basquete, artes marciais, futebol, futsal e judô, devem sem evitados, pois podem oferecer risco, como uma pancada ou golpe na área do estoma, gerando possíveis lesões.

Além disso, atividades físicas como, por exemplo, halterofilismo e musculação com cargas elevadas também devem ser evitados, pelo risco de complicações locais, como hérnias ou prolapsos.

Consulte seu médico sobre as orientações

Em conclusão, as pessoas com ostomia podem e devem realizar atividades físicas, mas com o cuidado e orientação necessária. Entretanto, é importante ter um programa adequado de exercícios e com supervisão de um profissional de educação física, para garantir a execução correta dos movimentos. Desta forma, você poderá manter sua bolsa de ostomia o estoma sempre protegidos.

Por fim, escolha uma atividade física que faça você feliz, e se possível, pratique os exercícios com amigos ou familiares. Com certeza, sua saúde será beneficiada, assim como sua autoestima ficará elevada com a prática de atividades físicas regulares. ?

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Entenda quais são as mudanças na rotina familiar da pessoa ostomizada e como lidar com estas questões da melhor maneira possível para realizar os cuidados com a ostomia e sem complicações. Confira!

Sem dúvida, a realização da cirurgia de ostomia exige algumas mudanças e readaptações no cotidiano familiar. Em princípio, é normal que os familiares se sintam inseguros e tenha dúvidas sobre diversos assuntos relacionados à ostomia. Porém, com a prática diária em cuidar da pessoa ostomizada, logo se adaptam aos procedimentos e cuidados com a ostomia.

Aprenda a cuidar da ostomia ainda no hospital

Por isso, antes da cirurgia, quando estiver no hospital acompanhando a pessoa ostomizada, é importante tirar todas as dúvidas possíveis com os médicos, enfermeiros ou com o estomaterapeuta, profissional que atua nos cuidados a pacientes com estomias.

Neste período, você certamente será convidado a auxiliar a enfermeira durante os procedimentos de troca de bolsa. Com certeza, será uma boa oportunidade para você ganhar confiança e perceber se está preparado para cuidar da ostomia em outra pessoa.

Além disso, procure fontes confiáveis de informação, como livros, sites, comunidades online, vídeos e grupos de discussão para informar as pessoas próximas na família.

Adaptações após a cirurgia de ostomia

Após a cirurgia, o familiar responsável por cuidar da pessoa ostomizada precisará aprender a lidar com a bolsa de ostomia, o que exige o conhecimento de novas habilidades. Por exemplo, aprender a esvaziar e trocar a bolsa, trocar a placa base e realizar os cuidados com a pele ao redor do estoma.

Além da necessidade de lidar com os acessórios da bolsa de ostomia, por exemplo, o anel de barreira, cinto de ostomia, pastas protetoras e saches gelificantes.

Confira como fazer a troca da bolsa em 8 etapas

Inicialmente, é natural o familiar cuidador ter dúvidas de como trocar a bolsa de ostomia. Mas o processo é mais simples do que você imagina. Para isso, serão precisos apenas 8 passos:

Separe os produtos e acessórios

Deixe próximo tudo o que precisará para realizar a troca: um novo sistema de bolsa (uma ou duas peças), toalha limpa, gaze ou compressas, sabonete líquido, além de outros produtos para cuidado com a ostomia;

Higienize suas mãos

Lave suas mãos minuciosamente com água e sabão. Se não for possível, utilize um higienizador antibacteriano como o gel antisséptico;

Retire a bolsa de ostomia

Com uma das mãos, segure a pele da barriga. Com a outra mão, descole lentamente a bolsa, usando a borda da barreira para removê-la com maior facilidade;

Higienize a pele periestomal e o estoma

Com uma compressa ou gaze umedecida com água morna limpe gentilmente o estoma e, em seguida com uma nova compressa embebida em água e sabão neutro, higienize a pele periestomal. Em seguida, seque a região com uma compressa, lenço de papel ou toalha limpa;

Prepare a pele para receber a nova bolsa

Observe a pele periestomal e o estoma antes de aplicar a nova barreira, verifique se a pele está limpa e seca, caso contrário a aderência do adesivo poderá ficar prejudicada;

Prepare a nova bolsa

Verifique se a base adesiva está no tamanho adequado para o estoma – caso a base seja recortável. Coloque na bolsa produtos para ajudá-lo com o odor – como saches gelificantes por exemplo;

Posicione a placa adesiva sobre a pele

Cole a placa adesiva na pele, começando pela parte inferior. Prossiga com cuidado, para as laterais da placa e depois a parte superior. Segure a placa com a mão por cerca de 40 segundos, pois o calor ajuda na aderência da placa.

Programe a próxima troca

A frequência da troca da bolsa varia de acordo com a necessidade de cada um. Porém, nunca ultrapasse um período superior a 7 dias sem trocar o seu sistema de bolsa.

Para a troca da bolsa, considere alguns fatores

  • Condições da bolsa, como a integridade de suas partes;
  • Ocorrência de vazamentos;
  • Aderência entre o adesivo da base (ou barreira) e a pele;
  • Aspecto da pele em torno do estoma, conhecida por pele periestomal.

Quando esvaziar a bolsa de ostomia

Sempre que a bolsa estiver cheia até um terço, ou no máximo a metade, você deve esvaziá-la. À medida que você se acostuma com os procedimentos e com os materiais, você perceberá que esvaziar a bolsa não é complicado.

Confira quando deve ser feito o procedimento:

  • É recomendado esvaziar a bolsa antes das refeições;
  • Antes da hora de dormir também é indicado fazer o procedimento;
  • Quando sair de casa, é recomendado esvaziar a bolsa antes para evitar contratempos.

Cuidados com a pele periestoma

pele periestomal é a base sobre qual todos os produtos relacionados aos cuidados com a ostomia serão aplicados. Por isso, esta região precisa de muito cuidado e atenção:

  • A pele dessa região deve ter um aspecto saudável, sem irritações ou lesões;
  • Apesar da região do estoma não ter sensibilidade, a pele dessa região é tão sensível quanto a pele de qualquer outra parte do corpo;
  • limpeza deve ser feita usando apenas água e sabonete neutro, de preferência líquido;
  • Lesões e feridas na pele, saliências avermelhadas são sinais de alerta de que essa pele pode estar irritada. Nesse caso, você deve procurar a ajuda de um profissional de saúde.

Confiança com os cuidados da ostomia é essencial!

Lembre-se, além de adaptar-se a presença do estoma, a pessoa ostomizada enfrentará algumas dificuldades. Por isso, é fundamental o cuidador da família demonstrar sua confiança com os cuidados da ostomia para ajudar neste momento de adaptação.

Por isso, manter uma atitude otimista é essencial. Afinal, é mais fácil para a pessoa com ostomia se adaptar a nova realidade com o apoio e carinho da família.

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O câncer colorretal ou câncer de cólon ou reto, como também é conhecido, é um dos mais frequentes em nossa população, mas ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto. Para desmistificar esta enfermidade, continue lendo e descubra tudo que precisa saber sobre esta doença, dos sintomas ao tratamento.

Um tumor pode ser maligno ou benigno. O tumor maligno pode crescer e se espalhar para outras partes do corpo, enquanto o tumor benigno pode crescer, mas não se espalhará. Claro, essas mudanças geralmente levam anos para se desenvolver. Alguns fatores genéticos e ambientaisestão envolvidos com essas mudanças.

Encontrar o câncer de cólon em seu estágio inicial traz maior chance de cura. Fazer exames de rastreamento reduz o risco de morrer de câncer de cólon. Os médicos geralmente recomendam que as pessoas com risco médio de câncer de cólon comecem a fazer o rastreamento por volta dos 45 anos, mas as pessoas com risco maior (como aquelas com histórico familiar de câncer de cólon ou as da raça negra) devem começar o rastreamento mais cedo.

Sintomas

Os sinais e sintomas de câncer de cólon incluem:

  • Uma mudança persistente em seus hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação ou uma mudança na consistência de suas fezes
  • Sangramento retal ou sangue nas fezes
  • Desconforto abdominal persistente, como cólicas, gases ou dor
  • Uma sensação de que seu intestino não esvazia completamente
  • Fraqueza ou fadiga
  • Perda de peso inexplicável

Diagnóstico

Se seus sinais e sintomas indicam que você pode ter câncer de cólon, seu médico pode recomendar um ou mais testes e procedimentos, incluindo:

  • Uma colonoscopia, que é um exame que usa um tubo longo, flexível e fino conectado a uma câmera de vídeo e a um monitor para visualizar todo o seu cólon e reto, por dentro. Se forem encontradas áreas suspeitas, seu médico pode passar ferramentas cirúrgicas pelo tubo para coletar amostras de tecido (biópsias) para análise e remover pólipos.
  • Exames de sangue. Nenhum exame de sangue pode dizer se você tem câncer de cólon, mas seu médico pode testar seu sangue em busca de pistas sobre sua saúde geral.
  • Testes sanguíneos para uma proteína produzida por cânceres de cólon (antígeno carcinoembrionário ou CEA).

Estágios

Se você foi diagnosticado com câncer de cólon, seu médico pode recomendar exames para determinar a extensão (estágio) de seu câncer. O estadiamento ajuda a determinar quais tratamentos são mais apropriados para você.

Os testes de estadiamento podem incluir exames de imagem, como tomografia computadorizada abdominal, pélvica e torácica. Em muitos casos, o estágio do câncer pode não ser totalmente determinado até depois da cirurgia de câncer de cólon.

Os estágios do câncer de cólon são indicados por algarismos romanos que variam de 0 a IV, com os estágios mais baixos indicando câncer limitado ao revestimento interno do cólon. No estágio IV, o câncer é considerado avançado e se espalhou (metástase) para outras áreas do corpo.

Tratamento

Os tratamentos com maior probabilidade de ajudá-lo variam para cada pessoa e situação: a localização do câncer, seu estágio e outras questões de saúde. O tratamento para câncer de cólon geralmente envolve a cirurgia para remover o câncer. Outros tratamentos, como radioterapia e quimioterapia, também podem ser recomendados.

Cirurgia para câncer de cólon em estágio inicial

Se o seu câncer de cólon for muito pequeno, seu médico pode recomendar uma abordagem minimamente invasiva para a cirurgia, como a remoção de pólipos durante uma colonoscopia (polipectomia).

Pólipos maiores podem ser removidos durante a colonoscopia usando ferramentas especiais para remover o pólipo e uma pequena quantidade do revestimento interno do cólon em um procedimento chamado ressecção endoscópica da mucosa.

Os pólipos que não podem ser removidos durante uma colonoscopia podem ser removidos por meio de cirurgia laparoscópica. Neste procedimento, seu cirurgião realiza a operação através de algumas pequenas incisões na parede abdominal, inserindo instrumentos com câmeras acopladas que exibem seu cólon em um monitor de vídeo.

Cirurgia para câncer de cólon mais avançado

Se o câncer cresceu no cólon ou através dele, seu cirurgião pode recomendar uma colectomia parcial, em que a parte do cólon que contém o câncer é removida, juntamente com uma margem de tecido normal de cada lado do câncer.

Quando não for possível reconectar as porções saudáveis de seu cólon ou reto após a cirurugia, você pode precisar de uma ostomia. Isso envolve a criação de uma abertura na parede do abdômen a partir de uma porção do intestino restante para a eliminação das fezes em uma bolsa que se encaixa com segurança sobre a abertura.

Os gânglios linfáticos próximos geralmente também são removidos durante a cirurgia de câncer de cólon e testados para câncer.

Cirurgia para câncer avançado

Se o seu câncer estiver muito avançado ou sua saúde geral estiver muito ruim, seu cirurgião pode recomendar uma operação para aliviar o bloqueio do cólon ou outras condições, a fim de melhorar seus sintomas. Esta cirurgia não é feita para curar o câncer, mas sim para aliviar sinais e sintomas, como bloqueio, sangramento ou dor.

Em casos específicos em que o câncer se espalhou apenas para o fígado ou pulmão, mas sua saúde geral é boa, seu médico pode recomendar cirurgia ou outros tratamentos localizados para remover o câncer.

Quimioterapia

A quimioterapia usa drogas para destruir as células cancerígenas. A quimioterapia para o câncer de cólon geralmente é administrada após a cirurgia se o câncer for maior ou se tiver se espalhado para os gânglios linfáticos. Desta forma, a quimioterapia pode matar quaisquer células cancerígenas que permaneçam no corpo e ajudar a reduzir o risco de recorrência do câncer.

Radioterapia

A radioterapia usa fontes de energia poderosas, como raios-X e prótons, para matar as células cancerígenas. Pode ser usado para encolher um câncer grande antes de uma operação para que possa ser removido mais facilmente.

Quando a cirurgia não é uma opção, a radioterapia pode ser usada para aliviar os sintomas, como a dor. Às vezes, a radiação é combinada com a quimioterapia.

Terapia medicamentosa direcionada

Os tratamentos com medicamentos direcionados concentram-se em anormalidades específicas presentes nas células cancerígenas. Ao bloquear essas anormalidades, os tratamentos com medicamentos direcionados podem causar a morte das células cancerígenas.

Imunoterapia

A imunoterapia é um tratamento medicamentoso que usa o sistema imunológico para combater o câncer. O sistema imunológico do seu corpo que combate doenças pode não atacar o câncer porque as células cancerígenas produzem proteínas que impedem o sistema imunológico de reconhecer as células cancerígenas. A imunoterapia funciona interferindo nesse processo.

Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são cuidados médicos especializados que se concentram no alívio da dor e de outros sintomas de uma doença grave. Os cuidados paliativos são prestados por uma equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais especialmente treinados que trabalham com você, sua família e outros médicos para fornecer uma camada extra de suporte que complementa seus cuidados contínuos.

Quando os cuidados paliativos são usados junto com todos os outros tratamentos apropriados, as pessoas com câncer podem se sentir melhor e viver mais.

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Atualmente temos uma grande variedade de técnicas e produtos para o cuidado da ostomia. Mas a ostomia já percorreu um longo caminho, desde a primeira colostomia realizada, há mais de 200 anos. Vamos conhecer a seguir a história do procedimento que salva tantas vidas atualmente!

Os primeiros registros da cirurgia de ostomia

A primeira cirurgia de ostomia registrada na literatura médica foi datada em meados de 1750. Mas foi apenas entre os séculos XIX e XX que o tratamento cirúrgico de diversas condições por meio das ostomias teve avanços mais significativos.

Da primeira colostomia realizada, outras cirurgias foram sendo tecnicamente possíveis, como a primeira ileostomia definitiva em uma jovem que sofria de colite ulcerativa, em 1943. Depois da ileostomia, a urostomia também surgiu, como oportunidade de corrigir cirurgicamente problemas no sistema urinário.

A primeira urostomia foi realizada em 1950 pelo urologista americano Eugene Brickel após um período de estudos e tentativas, que culminariam na técnica que, até hoje, é a mais difundida para a realização da ostomia urinária.

Bolsas de colostomia, urostomia e bases adesivas, utilizadas nas décadas de 60 e 70| Fonte: WOCN

A cirurgia consiste em criar um reservatório para a urina, utilizando um segmento do intestino delgado (o íleo), garantindo que o ostomizado possa continuar realizando suas atividades com total autonomia.

Celebridades que fazem ou fizeram uso da ostomia

A ostomia é uma intervenção cirúrgica relativamente comum – se você acompanha as novidades da Osto+, já sabe disso! De fato, estima-se que 1 pessoa a cada 1.000, na população geral, tenha uma ostomia!

Isso significa que, na prática, há todo tipo de pessoas com ostomias – dos anônimos aos famosos, dos trabalhadores aos Chefes de Estado!

A modelo inglesa Bethany Townsend veio a público através de suas redes sociais expor sua condição de pessoa ostomizada, postando fotos de biquíni, em que a bolsa aparecia, para encorajar outros a fazerem o mesmo e não terem vergonha de seus corpos.

Bethany, que sofre com a doença de Crohn desde os três anos, é colostomizada desde 2010.

Ao publicar as fotos para afirmar sua própria autoestima, a modelo acabou iniciando um verdadeiro movimento entre suas seguidoras, que tiveram coragem em exibir seus corpos (e suas bolsas de ostomia!) durante o verão, sem qualquer vergonha…

O futuro da ostomia

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma maneira de fixar a bolsa de colostomia através de ímãs, deixando para trás o uso de adesivos que podem causar irritações na pele.

Fonte: Folha de São Paulo

A interação se dá a partir de dois ímãs de neodímio implantados sob a camada intermediária da pele, cobertos por uma capa de silicone.

Para funcionar, os pesquisadores montaram uma estrutura circular com os dois ímãs exibindo um polo positivo e negativo. Ao se aproximarem, os polos opostos se atraem, conforme a ilustração acima, fazendo com que a bolsa consiga permanecer fixa sem que o ostomizado precise fazer uso de adesivos.

Ainda em fase experimental (em animais), a força magnética dos imãs consegue suportar uma carga de até 300 gramas, compatível com a bolsa parcialmente cheia, sem causar danos à circulação do corpo.

Com os resultados positivos, patentes já foram depositadas e o próximo passo da pesquisa é testar o artefato em humanos.

A ostomia é uma intervenção cirúrgica que tem um passado super interessante, e um futuro muito promissor, no sentido de promover cada vez mais conforto, segurança e autonomia para as pessoas que precisam dela… Então, aproveite todos os benefícios que a bolsinha traz no presente, e procure ter uma vida completa e feliz!


**Referências bibliográficas:**Wound – O-wm – The Ostomy Files: The Evolution and Innovation of Ostomy ProductsWOCN – January/February 2008, Volume :35 Number 1 , page 34 – 38Leden, At Van Der – Livro Baas op eigen buik (stoma)

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Carnaval é época de festa, de alegria, de curtir com amigos e família. Se você quiser, pode ingerir bebidas com álcool. Mas, se prefere passar longe dos destilados e fermentados, confira essas 10 receitas de bebidas sem álcool para ostomizados que querem curtir o carnaval numa boa!

Uma dúvida muito comum é se as pessoas ostomizadas podem ou não beber álcool. E a resposta correta para essa questão é: sim, podem.

A menos que haja alguma contraindicação, não pela presença da ostomia, mas por conta de alguma doença de base (como o câncer ou doença inflamatória em atividade), ou de algum tratamento (como a quimio ou a radioterapia, por exemplo).

Mas pode ser que o álcool simplesmente não seja a sua “onda”… Isso não quer dizer que o Carnaval vai ser menos divertido. Pelo contrário! 

Então, os ostomizados podem ingerir bebidas com álcool?

Pois é. Podem. Mas algumas dicas são super importantes e convém estar atento. Em resumo. Antes de mais nada, é preciso ter discutido o assunto com o seu médico, que é a pessoa mais indicada para dizer o que é melhor para o seu caso, especialmente. Quando o assunto é bebida com álcool para ostomizados, lembre-se: moderação é fundamental. Procure se manter bem alimentado e bem hidratado enquanto bebe, e não deverá ter maiores problemas….

A dúvida mais frequente sobre o álcool para ostomizados: e quanto à cerveja?

Talvez a mais popular das bebidas alcoólicas em nosso país, principalmente em períodos como o carnaval, a cerveja suscita muitas dúvidas. Mas, de novo, vale o bom senso. Além do álcool, é preciso tomar cuidado com a cerveja porque ela é gaseificada.

E, sim, os gases ingeridos tendem a acumular na bolsa de ostomia. Sendo assim, podem gerar bastante incômodo e, eventualmente, algumas situações desagradáveis.

Receitas de drinks sem álcool para ostomizados. Bora curtir o carnaval!

Então, sem mais demora, se você não curte o álcool, ou sem tem alguma contraindicação médica, os drinks sem álcool são uma opção deliciosa e divertida. Confira!

1. Coquetel de frutas

Quem precisa de álcool quando se tem um coquetel de frutas? A bebida é nutritiva, refrescante e todos vão amar.

Macere os morangos até que se pareçam com uma espécie de purê, enquanto faz dois sucos separados de abacaxi e laranja. Por fim, realize a montagem na ordem descrita: gelo, purê de morango, suco de abacaxi e suco de laranja. 

2. Caipirinha de morango

Se você é fã da caipirinha de limão sem álcool, espere só para provar a de morango! Neste caso, é preciso adicionar morango, açúcar, água de coco, limão e gelo. O segredo do preparo é macerar o açúcar e o morango em pedaços num copo. Em seguida, adicione o gelo e a água de coco. 

3. Limonada com alecrim

Pode soar estranho no primeiro momento, mas, acredite, um ramo de alecrim faz toda diferença nesse drink. A bebida ganha um sabor leve e refrescante, além de se tornar um belo enfeite.

4. Sangria

Originalmente, essa bebida é feita à base de vinho, contudo, temos uma opção de fácil acesso: suco de uva integral. 

Em seguida, basta misturar os outros ingredientes: abacaxi picado, maçã picada, suco de abacaxi, água, açúcar e gelo.

5. Caipirinha de limão

Nessa lista, não poderia faltar um dos drinks mais querido pelos brasileiros, certo? O processo é simples: substitua a cachaça por uma água de gengibre concentrada ou água de coco.

6. Frozen de manga e hortelã

Praticidade é o lema desse drink! Congele os pedaços de manga para depois batê-los com a hortelã no liquidificador. Refrescante e saboroso, convenhamos, não é preciso ter álcool para um drink se tornar o protagonista da festa.

7. Limonada rosa

Mais conhecida como Pink Lemonade, essa bebida é um verdadeiro sucesso nos Estados Unidos. A partir daí, atravessou fronteiras e encantou o coração dos brasileiros.

Para executar essa receita, basta ter os seguintes ingredientes: xarope de framboesa ou morango, suco de limão siciliano, gelo e açúcar. 

8. Cosmopolitan

Esqueça a vodka! Aqui, a grande estrela é a água de coco, suco de limão, suco de laranja e gelo. Basta misturar todos os ingredientes em uma coqueteleira e o drink estará pronto para ser servido. 

9. Drink de gengibre

Se você adora o gosto do gengibre, vai se deliciar com esse drink refrescante. Rale o gengibre e o adicione em uma panela. Em seguida, ferva-o com água, açúcar e suco de limão. Coloque na geladeira e desfrute da bebida.

10. Sex on the Beach

Outra opção refrescante e cheia de sabor é o Sex on the Beach. Contudo, nesta versão, deixamos a vodka de lado e a substituímos por suco de pêssego, suco de laranja, açúcar e gelo. 

Misture todos os ingredientes e sirva em um copo decorado com as fatias de frutas.


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Tem um filho com ostomia e ele vai para a escola? Confira aqui algumas dicas práticas para que esse período seja de crescimento e aprendizado para ele. É possível lidar com a situação de forma a tornar a experiência da criança com ostomia na escola mais fácil!

Começo de ano é época de volta às aulas e cada detalhe é importante para que o aluno, seja criança ou adolescente, tenha um ano produtivo, em todos os sentidos.

Então, como fazer? Como ajudar seu filho que tem uma ostomia a enfrentar os desafios que a escola pode lhe trazer?

Nesse artigo, vamos abordar três pontos importantes, aos quais você deverá prestar atenção, de forma a responder a essa pergunta:

  • Como preparar seu filho para lidar com os colegas, os professores e as diversas situações que poderão acontecer enquanto ele está na escola;
  • De que forma garantir o seu conforto e segurança, no que diz respeito ao cuidado com a ostomia, durante esse período; e
  • Como preparar a escola para receber uma criança ou um jovem ostomizado, assegurando que essa seja uma experiência saudável e produtiva, no que diz respeito ao aprendizado, e também ao convívio social.

A ostomia na escola – ajudando seu filho a se preparar

Aqui, uma primeira distinção se faz importante – ela diz respeito à idade de seu filho.

As crianças menores, que não conseguem ainda realizar os cuidados com a ostomia, precisarão do auxílio de um professor ou funcionário da escola. Em alguns casos, poderá até ser um cuidador (alguém da família, por exemplo, que tenha a disponibilidade).

As crianças mais velhas, assim como os adolescentes, têm maior autonomia e poderão se cuidar sem ajuda.

Num caso ou no outro, é importante ajudar seu filho a ter sempre em mente que a ostomia foi uma medida fundamental para salvar a vida dele e, provavelmente, ainda hoje é o que lhe garante a qualidade de vida.

Além disso, fora a necessidade de manter a disciplina e o planejamento para lidar com certas situações, não há nada que a ostomia o impeça de realizar. Ele pode correr, brincar, estudar, praticar esportes, enfim: tudo o que uma criança ou jovem quer e precisa fazer!

Os mais velhos, em especial, podem querer compartilhar sua condição com os amigos. Do ponto de vista prático, essa é sempre uma boa medida, pois soluciona uma série de questões, muito presentes no dia-a-dia, como a frequência das idas ao banheiro, ou eventuais incidentes que possam vir a ocorrer.

Mas é preciso considerar que, nem sempre, as crianças serão compreensivas e, por isso, há risco de bullying. Nada, porém, que uma rotina de conversar em casa de forma aberta sobre o tema, sempre cultivando uma atitude positiva, não possa ajudar a contornar.

O que é importante o jovem ter em sua mochila

Além dos cadernos, lápis e canetas, é importante lembrar sempre de checar os suprimentos necessários para o cuidado com a ostomia. Uma checagem periódica deve ser realizada, seja com os professores, com a própria criança (ou adolescente), seja até inspecionando diretamente a mochila.

Além do material normal para o cuidado, limpeza ou troca da bolsa, convém adicionar uma ou duas bolsas extras, pre-cortadas, se for o caso. Se você tem dúvida de quais produtos ter na mochila, vale consultar nossa orientação sobre o kit de emergência.

Medicamentos precisam estar sempre à disposição

Além disso, é possível que seu filho faça uso de algum medicamento. Não por causa da ostomia mas, eventualmente, pela doença de base. Se for esse o caso, além de ter orientado a escola a respeito do assunto, manter com ele uma cópia da prescrição médica, bem como uma quantidade suficiente de medicamento, para que não falte.

Em especial, se o seu filho ostomizado depender de uma dieta especial, é preciso cuidar disso também. Afinal, não dá para confiar que a cantina da escola terá o cardápio necessário. Se for esse o caso, sempre considere a ideia de mandar o lanche/a refeição dele de casa.

Comunicação com diretores e professores para tornar a situação mais natural

É muito natural que você, e mesmo seu filho, tenha algum receio de como será a recepção na escola, por conta da diferença em relação aos demais alunos. Mas é possível que este processo transcorra sem nenhum problema. Uma estratégia fundamental para conseguir essa tranquilidade é preparar a escola. Por isso, procure conversar com o(s) diretor(es) da escola e, sempre que possível, diretamente com os professores.

Quanto aos professores, uma conversa franca e abrangente para mostrar a eles que, muitas vezes, haverá necessidade de individualizar certas rotinas (por exemplo, ir ao banheiro mais vezes). Além disso, são os mestres os responsáveis por educar as crianças, ajudando-as a combater o preconceito e a ignorância.

Sempre atentos a tudo o que acontece, os professores são fundamentais para combater o bullying. Sendo assim, o jovem terá condições de seguir estudando e se desenvolvendo com tranquilidade.

Já a conversa com o diretor tem por objetivo trazer a confiança de que a instituição fará todo o possível para dar as melhores condições ao ostomizado na escola, tanto em estrutura física como em respeito e empatia por parte de todos.

Perguntas e respostas sobre o tema

Tanto o jovem ostomizado quanto os pais, familiares e amigos costumam ter perguntas sobre o que fazer. Afinal, não é um procedimento comum e nem todos sabem como tratar a situação. Por isso, vamos tentar ajudar com algumas respostas.

  1. Posso praticar esportes, seja na hora do recreio, seja frequentando as aulas de Educação Física? A princípio, sim. Mas é necessário observar as recomendações médicas, pois cada caso deve ser analisado individualmente.
  2. Como contar para meus amigos? Por vezes, pode ser difícil admitir a condição de pessoa com ostomia, temendo que isso afaste pessoas próximas. Mas, se os seus amigos realmente gostam de você, isso não será problema. Chame-os para uma conversa, conte a situação e, certamente, terá o apoio. O mesmo vale para os pais, que eventualmente temam na hora de contar para os avós, outros familiares ou mesmo amigos.
  3. Como me sentir seguro em ambientes públicos? É fundamental que o ostomizado sempre carregue suprimentos para contornar imprevistos. Além disso, no caso específico da escola, é importante se certificar de que a instituição oferece o apoio necessário, seja com estrutura, seja com profissionais capazes de ajudar.
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