O começo do ano é aquela época em que todo mundo faz promessas e estabelece metas para os próximos doze meses. Começar a dieta, colocar as contas em dia, iniciar uma atividade física – tudo isso faz parte da lista de compromissos que assumimos todos os anos. De todas essas promessas, vamos conversar sobre uma muito especial, a prática de exercícios físicos.

Antes de mais nada: se você não lembrou de incluir a prática de uma atividade física entre as suas metas para o novo ano, está na hora de revisar a sua lista! Afinal, praticar exercícios é fundamental para manter ou melhorar a saúde, seja você ostomizado ou não.

Sou ostomizado. Posso praticar atividades físicas?

Se você acha que não pode praticar atividades físicas por ser ostomizado, pense diferente! Além de permitida, a prática de esportes por pacientes que se submeteram a uma ostomia deve ser incentivada.

O primeiro passo é discutir o assunto e conseguir a autorização de seu médico – o que normalmente acontece após a recuperação completa da cirurgia, com a cicatrização dos tecidos internos que foram operados**.** Segundo o ortopedista Dr. Marco Otani afirma na Folha de São Paulo, o período de recuperação da cirurgia é de seis meses, mas pode variar de um indivíduo para outro. Siga sempre a orientação do seu médico.

Resolvida essa etapa, é hora de começar a se exercitar. Mas, qual modalidade escolher?

A melhor atividade física

A melhor atividade física é aquela que dá mais satisfação a você. Seja na academia ou ao ar livre, praticada individualmente ou em grupo – se você tem prazer na atividade você vai pratica-la com regularidade, caso contrário fica bem mais difícil.

Se você já tinha o hábito de se exercitar antes da cirurgia, não há porque não retomar a prática esportiva que você já conhece e aprecia. Aproveite o momento da autorização para conversar com o seu médico a respeito.

Se você está começando, saiba que existem algumas modalidades que você deve evitar. Os esportes de contato, com maior impacto corporal precisam ser avaliados com cuidado se você é ostomizado. Há riscos de lesões, contusões e outros problemas, se o esporte incluir contato físico intenso ou pancadas. Assim, procure evitar:

  1. Lutas e outras artes marciais
  2. Futebol
  3. Basquete

A prática da musculação pode ser incluída na sua rotina, mas sempre com cuidado – procure ajuda de um profissional especializado. O esforço para movimentar cargas muito pesadas pode trazer complicações para a ostomia, como hérnias e prolapsos.

Aproveitando que faz calor nessa época do ano, saiba que as práticas que envolvem água, como a natação e a hidroginástica, estão liberadas.

Qualquer que seja a sua opção, procure incluir em seu programa atividades que contemplem todos os pilares do treinamento: força muscular, preparo cardiorrespiratório, flexibilidade e equilíbrio. Um profissional de educação física pode ajudar você nisso.

Comece aos poucos

Se o seu médico autorizou a prática de exercícios e você já escolheu a modalidade, é hora de calçar o tênis, ou colocar o maiô e começar!

O importante é começar aos poucos, sem exageros. Vários fatores podem contribuir para uma redução da sua massa magra e, com ela, uma perda da sua força muscular: sua doença de base, o impacto da própria cirurgia sobre o seu organismo, a cicatrização, etc**. Então comece com exercícios de intensidade bem leve, e aumente a intensidade e a duração dos exercícios de maneira gradual.** Assim, você dá tempo para seus músculos se recuperarem e garante que vai colher os benefícios da atividade física, sem correr os riscos de uma lesão.

Cuidado com a aderência da bolsa

Uma dica especial para os ostomizados esportistas é que a placa da bolsa deve estar sempre bem aderida ao corpo – a transpiração, a água da piscina e mesmo a movimentação do corpo podem precipitar algum incidente coma bolsa. É importante que você dedique tempo e atenção para fixar o dispositivo de maneira firme, pelo menos uma hora antes do início dos exercícios. Se precisar, invista num cinto ou numa faixa, para melhor fixação. Além disso, você pode aproveitar esse intervalo e esvaziar a bolsa antes de começar a se aquecer. Assim, você evita os riscos de vazamento.

Não se esqueça da hidratação

Correu, nadou, suou? Hidrate-se! Lembre-se que todos nós precisamos ingerir de seis a oito copos de água todos os dias. Com o calor e a atividade física, essa necessidade aumenta ainda mais. Especialmente para quem tem alguns tipos de ostomia, que apresentam maior propensão à desidratação.

Corpo são, mente sã

As atividades físicas são importantíssimas para todas as pessoas, com ou sem ostomia. Afinal, além de manter o corpo em forma, elas melhoram a autoestima e ajudam na integração social.

Agora você já sabe: ter uma ostomia não impede você de praticar exercícios. Então, você só precisa conversar com seu médico, selecionar sua modalidade e começar. Comece a cumprir a sua promessa ainda hoje e tenha um ano mais saudável!

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Se você é ostomizado, já sabe que a alimentação, assim como a rotina, é uma das coisas que precisam de adaptação após a cirurgia. Mas, claro, isso não significa que só porque sua rotina foi alterada, que você deve parar de aproveitar os alimentos.

O seu organismo precisa de um certo período para se recuperar da cirurgia. Por isso, o pós operatório exigirá algumas restrições na alimentação, mas, no geral, você não precisa realizar grandes mudanças. Não se preocupe: no começo, você vai contar com a orientação do seu médico em relação ao que deve ou não comer. À medida que deixa o momento da cirurgia para trás, você pode ir retomando o mesmo hábito alimentar que tinha antes da cirurgia.

Em caso de dúvidas, é óbvio que o seu médico precisa sempre ser consultado, isso é muito importante! Mas, vamos aos cuidados na alimentação que precisa ter em mente se você for ostomizado.

Orientações gerais para alimentação do ostomizado

A grande verdade é que você não precisa, necessariamente, seguir uma dieta específica por conta da ostomia. A recomendação dietética para pessoas que passaram por essa cirurgia é uma só e é muito simples: manter uma dieta balanceada. Para que você viva bem com o seu corpo, será preciso apenas conhecer os alimentos, o que eles causam no seu corpo e ter bom senso e moderação sobre quanto comer.

Claro, se você tiver outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão, doença inflamatória intestinal, etc., precisará seguir as orientações nutricionais específicas para lidar com esses problemas. Até aí, nada de novo, certo?

Sabendo disso, confira abaixo as orientações gerais:

  • Alimente-se de forma regular: você não precisa passar muitas horas sem se alimentar, para evitar algum odor ou gases, por exemplo. Longos períodos de jejum não só não reduzem o odor das eliminações, como podem mesmo aumentar a produção de gases! Por isso, o recomendado é que você se alimente em porções menores e com maior frequência para o seu organismo digerir e absorver o que você está comendo;
  • A mastigação faz diferença: Se você focar em mastigar bem os alimentos, a maioria deles não irá te causar nenhum prejuízo. Agora, se você não mastigar, possivelmente sentirá desconforto, inchaço na barriga e até uma maior produção de gases.
  • Consuma muito líquido: O ideal é que você consiga consumir diariamente de seis a oito copos, que pode ser de água, chá e até isotônico.
  • Evite alimentos que já lhe causavam gases antes da ostomia: Sabe aqueles alimentos que antes da cirurgia você comia e se sentia estufado, desconfortável e até acontecia de você liberar mais gases que o normal? Então, não os coma depois de ostomizado, porque o seu organismo irá reagir da mesma forma.

Cuidados na alimentação: O que você deve saber sobre os alimentos?

Para que você entenda como irá funcionar sua alimentação a partir de agora, é fundamental que conheça um pouco mais sobre os alimentos e sobre o que o seu corpo precisará neste momento. Como os alimentos com alto teor de fibra, por exemplo, que devem ser incluídos na sua alimentação em pequenas quantidades.

Exemplos de alimentos com alto teor de fibra:

  • Soja;
  • Grão de bico;
  • Lentilha;
  • Linhaça;
  • Aveia;
  • Frutas com casca;
  • Legumes e verduras com casca (mas priorize os cozidos. Legumes e vegetais crus podem obstruir o estoma)
  • Broto de bambu
  • Acelga
  • Escarola;
  • Espinafre;

Já sabemos que os gases e ruídos são normais, isto é, o processo normal de funcionamento do sistema digestivo produz gases e a passagem desses gases pelos intestinos gera ruídos . Mesmo assim, para diminuir a liberação de gases, você deve evitar (pelo menos reduzir) alguns alimentos:

  • Aspargos;
  • Repolho;
  • Bebidas com gás;
  • Leite, queijo e os outros laticínios de alta fermentação;
  • Cebola;
  • Alimentos muito condimentados.

Embora seja uma situação desconfortável, odor nas eliminações da estomia intestinal também é algo normal. Na maioria dos casos, a bolsa possui um material bem resistente ao odor. Ainda assim, se você quer minimizar o odor forte, é interessante evitar o consumo dos seguintes alimentos:

  • Ovos;
  • Queijos e leites de origem animal fermentados;
  • Feijão;
  • Alho;
  • Peixes

Por outro lado, alguns alimentos podem ajudar a controlar os odores das fezes. Logo, eles podem ser aliados para balancear os odores, quando ingerir algum dos alimentos produtores de odor, citados acima ou em outra situação especial:

  • Salsa;
  • Pêra;
  • Suco de tomate;
  • Iogurte;
  • Creme de leite azedo (Buttermilk)

Agora, se a sua preocupação é com a consistência das fezes, existem alimentos que aumentam essa consistência (“prendem” o intestino) e outros que diminuem (“soltam”). Veja abaixo e entenda quais são eles:

Alimentos que aumentam a consistência das fezes

  • Queijo e laticínios no geral;
  • Bananas;
  • Massas e farinhas no geral;
  • Batatas

Alimentos que diminuem a consistência das fezes

  • Chocolate;
  • Leite;
  • Alimentos com muito condimento;
  • Legumes e frutas crus;
  • Café;
  • Chá.

Além disso, é interessante que você saiba também que os alimentos de cor intensa, como gelatina de cor avermelhada, açafrão da terra e beterraba, podem alterar a cor das suas fezes. Portanto, não se preocupe com a cor das fezes, se caso você consumir esses alimentos. Mas, caso você perceba que as alterações não se normalizam, procure o seu médico.

É simples se alimentar adequadamente sendo ostomizado

Enfim, viu como não é tão complicado? Conhecendo o seu corpo e os efeitos de cada alimento, é simples se alimentar sem correr o risco de passar por algum desconforto.

Afinal, o importante, de verdade, é que você aposte numa alimentação saudável e balanceada, incluindo alimentos de todos os grupos de maneira moderada. Inclua proteínas, fibras e carboidratos e faça com que a sua alimentação e a sua vida sejam muito felizes e recompensadoras!

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ileostomia é um procedimento de ostomia feito a partir do íleo, parte final do intestino delgado. Com certeza, nestes casos alguns cuidados especiais com a alimentação devem ser tomados. Confira!

Entre as indicações mais comuns para a realização de um procedimento de ileostomia, estão as Doenças Inflamatórias Intestinais: Doença de Crohn e Colite Ulcerativa. Essas doenças, por si só, já impõem uma série de restrições à dieta da pessoa acometida. De fato, é comum que, após a colocação da ileostomia, a pessoa possa abandonar algumas dessas restrições e até ter uma dieta normal, em muitos casos.

Orientação nutricional, se você tem uma ileostomia

Se você realizou o procedimento recentemente, a primeira coisa que você precisa entender sobre a alimentação é que a base da alimentação do indivíduo ostomizado é a mesma de todas as pessoas: uma dieta balanceada.

Ainda assim, pode ser que, nas primeiras semanas após a cirurgia, o seu médico oriente algum tipo especial de dieta. A tendência, porém, é que, passado esse período de recuperação, você possa retomar a sua dieta habitual.

É claro que cada pessoa reage de uma forma diferente aos alimentos e, por isso, a duração dessa fase inicial de adaptação varia conforme o individuo.

Isso significa que, além da orientação nutricional que apresentamos aqui, é importante que você entenda e respeite seu corpo. Esteja sempre atento aos alimentos que causam desconforto, prisão de ventre, diarréia, maus odores ou gases para você.

Se não sabe o que causa esses desconfortos em você, uma dica é experimentar vários alimentos, um (ou alguns) de cada vez e em pequena quantidade, e observar os efeitos que causam. Assim, você consegue eliminar de forma simples os alimentos que causam sintomas indesejados.

Outra orientação importante, se você tem uma ileostomia, é ingerir muitos líquidos (água, chás, sucos, etc.) diariamente. Além disso, é conveniente evitar alimentos com alto teor de fibras, pois estes podem causar uma obstrução (ainda que temporária) do íleo, dificultando a passagem pelo estoma.

Então, o que fazer?

Mastigue bem a comida, beba muita água e, no caso dos alimentos, você pode começar ingerindo:

  • Frutas e legumes cozidos, mas, evitar os vegetais folhosos;
  • Arroz e outros grãos integrais;
  • Alimentos que neutralizam o odor das fezes, como é o caso do chuchu, cenoura, iogurte natural, pipocas, chá concentrado de salsinha, chá de casca de maçã e folha de goiaba.

Além dessa orientação nutricional geral, é importante que você não pule as refeições. Essa prática não só dificulta a manutenção de uma dieta equilibrada, como não a ajuda a reduzir a produção de gases intestinais (ao contrário do que se pensa).

Na verdade, é fundamental que você se alimente com a freqüência e a qualidade certas, para assegurar o bom funcionamento da ostomia e, claro, manter-se forte e com saúde!

Medicamentos

Uma palavra sobre Medicamentos. Se você foi submetido a uma ileostomia,  então precisa saber que alguns deles (comprimidos recobertos, cápsulas de liberação programada, tabletes grandes, etc.) poderão atravessar todo o seu tubo digestivo sem ser completamente digeridos e aparecer dentro da bolsa de ileostomia. Por isso, é importante você avisar ao seu médico ou dentista que tem uma ileostomia. Ele poderá adaptar a sua prescrição de acordo com isso, prescrevendo medicamentos na forma de soluções, por exemplo.

É importante lembrar também que, se você é portador de uma ileostomia, deve evitar medicamentos com efeito laxativo. Uma diarreia, numa pessoa com uma ileostomia, pode causar efeitos graves, como desidratação e problemas no metabolismo dos minerais e eletrólitos.

Finalmente, lembre-se que medicamentos podem causar outras alterações na eliminação das fezes (na cor, no cheiro, na frequência das evacuações, etc.), o que pode ser motivo de preocupação para a pessoa ostomizada. Na dúvida, consulte sempre seu médico.

Viu? É mais fácil do que você pensava…

Seguir uma dieta balanceada, evitando alimentos que causam desconforto ou problemas. Ingerir uma boa quantidade de líquidos todos os dias. Avisar o médico no caso de sintomas inesperados, que persistam apesar das medidas normais de auto-cuidado… Nada disso é novo para você.

Pequenas adaptações, aqui e ali, podem tornar o dia a dia muito mais fácil. E alimentar-se pode voltar a ser um prazer… É como dizia Hipócrates, o pai da Medicina: seja o alimento o seu remédio!

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Ter uma lista com alimentos que podem aumentar os odores na bolsa, além de ajudar na escolha dos alimentos do dia-a-dia, pode evitar muitas preocupações!

Estas dicas valem tanto para quem possui uma ostomia de eliminação intestinal (ileostomia ou colostomia) ou uma urostomia.

Mas lembre-se: qualquer sintoma, dor ou alteração deve ser sinalizada ao seu médico! Não desvalorize nenhum sinal do seu corpo!

Mas, para lhe ajudar no dia-a-dia, que tal salvar este arquivo no seu celular e colocar uma cópia desta lista na porta da geladeira?

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Você que é ostomizado – ou seja, possui uma bolsa de colostomia, ileostomia ou urostomia, celebra hoje no Brasil o seu dia. A LEI Nº 11.506, de 19 de julho de 2007 definiu, em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira dos Ostomizados, fundada em 1985, o dia 16 de novembro como o Dia Nacional do Ostomizado.

Os principais objetivos desta lei são mobilizar a população brasileira para conhecer, respeitar e combater o preconceito contra a comunidade de ostomizados.

E o Dia Mundial do Ostomizado?

Além do dia Nacional do Ostomizado, celebrado no dia 16 de Novembro, o Dia Mundial do Ostomizado (link em inglês) é comemorado em outubro – no primeiro sábado do mês.

Criado pela Associação Internacional de Ostomizados (International Ostomy Association – IOA) em 2016. Anualmente aborda temas para a conscientização da população e integração do ostomizado à sociedade.

Em 2016, o tema foi – em uma interpretação livre – “Lutando contra o tabu do cocô”, em 2017  “Super estomas” e em 2018 o tema foi “Falar muda vidas”.

Atividades como corridas, eventos em associações e palestras são comuns no Dia Mundial do Ostomizado. Além disso, a interação nas redes sociais é intensa, utilizando hashtags comemorativas.

Uma nova jornada, com desafios desconhecidos. Há motivos para celebrar?

Quanto mais informação você puder conhecer, mais poderá fazer para viver melhor com a sua ou com a ostomia de quem você ama. O conhecimento é o caminho para compreender as necessidades do ostomizado e entender que alguns obstáculos e tabus não passam de mitos. Confira alguns exemplos:

Mito 1:Não conheço nenhum outro ostomizado. Serei a única pessoa que terá uma ostomia.

A verdade: Anualmente, milhares de pessoas de todas as idades são submetidas a procedimentos cirúrgicos para a implantação de estomas. São procedimentos que salvam vidas. Além de poderem  ser temporárias ou permanentes, a indicação médica da ostomia pode variar: incluindo câncer, doença inflamatória intestinal e doenças congênitas. Abandone este tabu. Você não está sozinho.

Mito 2:Nunca mais serei eu mesmo. Todos saberão que sou ostomizado.

A verdade: A não ser que você se apresente como um, ninguém saberá que você é ostomizado. Atualmente os modelos de bolsas de ostomia são projetados para serem discretos e os dispositivos disponíveis no mercado evitam todos os odores. Não há nenhum motivo para esconder a sua condição de saúde. Mas é você quem decide se as pessoas saberão que você possui uma estomia.

Mito 3:Sou ostomizado. Minha vida acabou.

A verdade: Todo o processo que trouxe você até a ostomia provavelmente mudou quem você é. Além disso, a forma de realizar algumas tarefas e atividades também precisa ser adaptada, por conta da sua nova condição. Mas a adaptação é apenas uma nova forma de realizar o que você já fazia antes. Trabalhar, viajar, namorar, fazer exercícios físicos e até nadar –  este é o seu novo começo, e sua ostomia não impedirá você de fazer o que quiser com o seu tempo e a sua vida.

Continue atualizando seus conhecimentos sobre esta sua nova fase da vida. A informação é sua nova e principal ferramenta para uma vida feliz e completa.

Parabéns pelo seu dia. A ostomia faz parte da sua história.

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Como cuidar da pele ao redor do estoma? Como evitar irritação e lesões nessa região? Essa é uma dúvida frequente entre os ostomizados. A pele da região em torno do estoma necessita mesmo de muita atenção. Descubra aqui, por meio de um roteiro com 6 passos simples, como mantê-la sempre saudável e bem tratada.

E saiba desde já: o maior segredo é incorporar essas sugestões à sua rotina de cuidados diários. Vamos lá?

Passo 1: a escolha da bolsa – essencial para manter a pele ao redor do estoma saudável

Cuidado na escolha da bolsa. Observe a qualidade do material da bolsa e do adesivo. Veja se a bolsa tem boa aderência e se o adesivo fixa bem. Além disso, se tiver a chance, pesquise o assunto na internet. Observe os comentários das pessoas que já conhecem o produto. E, claro, siga sempre a recomendação do seu médico ou estomaterapeuta.

Passo 2: acompanhe a evolução do tamanho do seu estoma

Verifique regularmente o tamanho do seu estoma. Saiba que é perfeitamente normal o estoma mudar de tamanho ao longo do tempo. Por isso, esteja sempre atento a esse detalhe: assim você poderá adaptar os equipamentos (bolsa, placa, etc.) e evitar que ocorram vazamentos.

Passo 3: cuidado com o uso de produtos

Cuidado com o uso de pomadas, sprays, sabonetes e medicamentos. Em algumas situações, eles podem ser a causa da irritação. Na dúvida, procure sempre a orientação segura de um profissional especializado. Converse com um estomaterapeuta de confiança ou consulte seu médico.

Passo 4:como anda a sua hidratação?

Um dos primeiros segredos para manter uma pele saudável e hidratada é beber bastante água. Isso também vale para a pele ao redor do estoma. Além do mais, o indivíduo ostomizado está mais sujeito à desidratação, por isso deve ter atenção redobrada ao assunto.

Você já conhece a importância da ingestão de líquidos para manter a qualidade de vida do ostomizado?

Acha difícil lembrar de beber água ao longo do dia? Não se preocupe, vamos ajudar você. Veja essa dica: use uma garrafa ou jarra que tenha linhas de medida na lateral.

Isso facilitará o controle da quantidade de água ingerida. Uma forma criativa de fazer esse controle é marcar, você mesmo a sua garrafa de água. Mas usando as horas do dia, em vez do volume, na marcação.

Se preferir, use um aplicativo para acompanhar a ingestão de água ou para emitir lembretes. Se essa ideia do app não serve para você, tente um despertador, ou um timer simples de cozinha no lugar.

Mantenha um copo (ou até uma jarra!) de água ao lado da cama para que você possa beber quando acordar pela primeira vez. Isso também será útil se você precisar acordar à noite para esvaziar a bolsa, pois pode tomar alguns goles antes de voltar a dormir.

Passo 5: seque bem a pele na troca da bolsa

Cuide para que sua pele esteja limpa e seca antes da aplicação do adesivo. Isso fará com que ele tenha mais facilidade para aderir à sua pele, evitando dessa forma possíveis vazamentos e, em consequência, irritação da pele.

Passo 6: siga uma rotina para a troca de bolsas

Não demore demais para trocar sua bolsa. Por exemplo: sentiu uma coceirinha? Está na dúvida se a pele da região esta um pouco avermelhada? O adesivo não está bem aderido à pele? Não perca tempo, troque! Lembre-se, muitas vezes, um quadro mais grave de irritação, até com infecção associada, pode começar de forma lenta.

Conclusão: são 6 passos apenas, para manter a pele ao redor do estoma saudável. 

Todos muito simples e fáceis de incorporar à sua rotina de cuidados. Por isso não deixe para amanhã: comece hoje a cuidar melhor da pele em torno do estoma. E ganhe mais saúde e qualidade de vida!

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