Você já ouviu falar na hérnia Paraestomal mas não sabe o que é isso? Não se preocupe. Vamos explicar a seguir!

Antes de apresentar o detalhe da hérnia paraestomal, vamos falar um pouco sobre o que é uma hérnia, e por que ela acontece…

Às vezes, alguns fatores pode causar um enfraquecimento nas camadas musculares que formam a parede abdominal. Com isso, na região enfraquecida forma-se um orifício, por onde podem escapar órgãos internos do abdome, como o intestino, por exemplo.

É claro, esse escape acontece para fora das camadas musculares, mas tudo se dá por baixo da pele. Para quem olha uma hérnia pelo lado de fora, ela se parece com uma protuberância, um abaulamento, na região (veja a figura abaixo).

As hérnias podem acontecer naturalmente, isto é, porque a pessoa já nasceu com algum ponto enfraquecido na parede abdominal. Por exemplo, todo mundo já viu ou ouviu falar de crianças ou adultos com hérnias na virilha (região inguinal) ou no umbigo (hérnia umbilical).

Mas também pode acontecer de esse enfraquecimento ser provocado por uma cicatriz na barriga. Sim, o local da incisão é propício ao surgimento de hérnias e por isso é necessário prestar atenção!

No caso da pessoa que tem uma ostomia, o estoma por si só já representa o ponto fraco, o orifício por onde pode acontecer algum escape. Quando isso acontece, as alças do intestino escapam e se acumulam ao lado do estoma, formando uma protuberância que tem aparência muito característica. Por isso, esse escape do intestino é chamado de hérnia paraestomal.

O que causa a hérnia paraestomal?

hérnia paraestomal é uma complicação muito comum. Muitas pessoas que têm estomas podem acabar desenvolvendo essa complicação tardia em algum momento do pós-operatório. Além disso, há até quem diga que é possivelmente inevitável não acontecer.

Muitos pacientes com hérnias paraestomais são assintomáticos – ou seja, não têm sintomas. Então, quando há queixa clínica, o mais comum é o abaulamento na região do estoma associado ou não a dor que pode ser localizada, difusa por todo o abdome, ou até mesmo na região dorsal. Além disso, abdome distendido e náuseas também podem acontecer.

Mais raramente, uma alça do intestino ou até mesmo um fragmento da gordura que existe em torno das alças intestinais (chamada de epíploon) fica preso na hérnia. Esse processo é denominado encarceramento e esta é a complicação que deve ser evitada.

Quais fatores aumentam os riscos da hérnia paraestomal?

Existem outros fatores associados ao surgimento da hérnia. São as doenças e hábitos da pessoa, que se somam à presença da ostomia aumentando a chance de acontecer uma hérnia. Confira quais são:

  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Tosse crônica;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes;
  • DPOC (Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva);
  • Ascite (“Barriga d’agua”);
  • Uso contínuo de corticóides.

Já tenho uma hérnia. O que fazer?

Atualmente, muitos pacientes ostomizados são portadores de hérnia paraestomal. Em muitos casos, elas são bem toleradas, não impactam negativamente no dia-a-dia e são tratadas com medidas simples como por exemplo:

  • Uso de cintas abdominais para contenção;
  • Cintos que se prendem a bolsa de colostomia para melhor firmeza.

Nos casos de ostomias temporárias, o problema é limitado, pois o reparo da hérnia ocorre quando se faz a reconstrução do trânsito intestinal.

Quando desconfiar que tem uma hérnia paraestomal?

Alguns dos sinais e sintomas mais comuns, que devem fazer você desconfiar da presença de uma hérnia são:

  • Dor: esse é o sintoma mais comum e acontece devido à distensão da parede abdominal;
  • Sangramento: a saída (prolapso) do estoma expõe mais a mucosa da alça intestinal exteriorizada, tornando-a propensa a traumatismos e, daí o sangramento;
  • Obstrução intestinal: a hérnia pode conter intestino delgado ou cólon, o que causaria a obstrução intestinal e até estrangulamento da hérnia;
  • Aparência: o prolapso e o volume da hérnia tornam evidente a condição do paciente (como um ostomizado) aumentando o estresse psicológico e diminuindo ainda mais a sua auto-estima;
  • Irregularidades abdominais: massas volumosas na região abdominal que dificultam a fixação correta da bolsa coletora, causando vazamentos;
  • Vazamentos: podem ocorrer com maior frequência;
  • Irritações e dermatites da pele periestoma: acontece devido aos vazamentos, que se tornam mais frequentes, mas também à força do esgarçamento que a pele está submetida.

Como é feito o diagnóstico?

Visualmente, a hérnia pode apresentar-se como uma protuberância, um volume deslocado para frente, com o estoma no topo desse volume.

Desta forma, estomas feitos em uma parede abdominal debilitada por conta de várias incisões cirúrgicas, apresentam grandes chances de desenvolver a hérnia paraestomal. Pois a musculatura não será capaz de contrair ao redor do estoma em situações que é necessário forçar a região abdominal, como na tosse, ou em atividades físicas, por exemplo.

E então, é solicitado pelo médico uma ultrassonografia ou a tomografia computadorizada para ter certeza do diagnóstico e planejamento da intervenção cirúrgica, se for o caso.

Existe tratamento da hérnia paraestomal?

A maioria dos casos de hérnias são tolerados confortavelmente com o uso de cintas para contenção abdominal. Além disso, aproximadamente 30% das pessoas com hérnias paraestomais necessitarão de algum tipo de correção cirúrgica.

Confira a seguir as diversas variações cirúrgicas para a hérnia parastomal:

  • Reversão da ostomia – É apenas uma opção para um pequeno grupo de pessoas que ainda tem intestinos saudáveis o suficiente para essa decisão;
  • Reparando a hérnia – melhor sucedida quando a hérnia é pequena, trata-se da costura dos músculos e outros tecidos para estreitar ou fechar a hérnia;
  • Realocar o estoma – Em alguns casos, um estoma com hérnia parastomal pode ser fechado e um novo estoma pode ser aberto em outra parte do abdômen. Porém, há o risco de uma nova hérnia parastomal pode se formar ao redor do novo estoma. A variação é preferida quando há recidiva após reparo direto com emprego de prótese ou quando a hérnia paraestomal está associada à complicações infecciosas locais que impedem o uso de prótese tais como fístulas;
  • Malha – As inserções de malha são atualmente o tipo mais comum de reparo cirúrgico de hérnia parastomal. Malhas de origem sintética ou biológica podem ser usadas, e essa decisão caberá ao médico, somente. Eventualmente, a malha se incorpora ao tecido ao seu redor, que formará uma área forte no abdômen e ajudará a impedir a formação de uma nova hérnia.

Mas não se preocupe, de um modo geral, se você não apresentar sintomas que impacte na sua rotina, não deve ser operado.

Quando devo me procurar ajuda médica imediatamente?

São raros os casos, mas o intestino pode ficar preso ou torcido dentro da hérnia. Isso bloqueará o intestino e poderá levar a um quadro muito grave, com falta de irrigação sanguínea no intestino. Por isso, chamamos esse quadro de estrangulamento, e é uma condição muito dolorosa.

O estrangulamento requer cirurgia de emergência para desfazer a torção do intestino e restaurar o suprimento sanguíneo, para que a parte obstruída do intestino não seja danificada de forma permanente, além da reparação da hérnia.

É possível viver bem com a hérnia paraestomal?

As hérnias paraestomais são uma complicação comum nas pessoas com ostomias. Entretanto, em muitos casos não apresentam sintomas ou causam apenas um leve desconforto, que pode ser gerenciado de forma eficaz com mudanças no estilo de vida, como o uso das cintas de compressão, por exemplo.

Além disso, mesmo nos casos em que o tratamento cirúrgico é necessário, geralmente a recuperação não é longa e logo, logo, você já terá retornado para a sua vida normal.

Leia mais

Quem usa bolsa de ostomia sabe o quanto é desagradável e até mesmo constrangedor quando ela começa a vazar, seja onde for e quando for. Mas, afinal, o que fazer para impedir que os vazamentos da bolsa de ostomia aconteçam? Entenda agora e coloque em prática no seu dia a dia.

Quais os principais motivos dos vazamentos da bolsa de ostomia?

Geralmente, o vazamento da bolsa de ostomia acontece por diferentes motivos, quando ela não está bem ajustada ou quando o adesivo não está aplicado corretamente. Isso pode resultar em vincos e deixar a bolsa descolando, em geral, costuma acontecer em duas situações:

  • Quando há alguma deformidade da parede abdominal, como por exemplo uma hérnia de grandes proporções, ou cicatrizes extensas com retração de tecido associada;
  • Quando a técnica de aplicação da placa não está correta. Por exemplo, se a postura da pessoa causar dobras de pele no abdome, o adesivo pode não aderir perfeitamente em função da presença dessas dobras.

Outro motivo frequente de vazamentos é uma diferença grande entre o tamanho do estoma e o do orifício da placa. Por isso, o ideal é verificar se o orifício para o estoma não está muito grande ou muito pequeno antes de recortar, pois devem ser o mais próximos possível.

Entretanto, caso o orifício da placa seja maior, esse diferença não deve ser maior que 3mm. Então tenha em mente que, vez por outra, é importante usar a régua medidora e conferir direitinho o tamanho do seu estoma…

Por fim, o outro motivo muito comum para os vazamentos acontece quando a placa não adere direito à pele, porque o estoma está plano ou retraído.

Lembre-se, o ideal é que o estoma se projete um pouco para fora. Sem dúvida, isso ajuda a impedir o contato das eliminações com a pele ao redor do estoma (pele periestoma).

Às vezes, o estoma não se projeta para fora o suficiente, ficando apenas no nível da pele (plano), ou baixo (retraído). Nessas situações, é preciso que seja usada uma placa convexa, associada ou não a outros produtos auxiliares, conforme for indicado pelo seu enfermeiro estomaterapeuta.

Outras causas comuns para os vazamentos

  • Grandes alterações de peso (com perda ou ganho de tecido adiposo abdominal, a famosa “barriguinha”), que mudam a referencia anatômica da região do estoma. Essa situação causa a necessidade de revisar os produtos utilizados para fixar a placa e a bolsa;
  • Quadros de irritação ou alergia na pele, que causam umidade local;
  • Presença de pêlos na região, que não permitem que o adesivo tenha boa aderência à pele e deixam a bolsa descolando.

Como impedir que aconteçam os vazamentos?

Em primeiro lugar, a medida mais óbvia de todas, é se certificar de que está usando os produtos certos para o seu estoma. Tenha em mente que produtos inadequados podem causar esses acidentes. Por esse motivo, é preciso utilizar placas, bolsas e demais produtos (adjuvantes, como pastas, anéis, cintos ou faixas) ajustados à sua necessidade.

Outra providência importante é criar o hábito de esvaziar a bolsa antes que ela fique cheia. O correto é esvazia-la sempre que atingir um terço (ou, no máximo, metade) da capacidade total. Isso porque, caso a bolsa esteja mais cheia, poderá pesar mais do que o adesivo consegue manter. Assim, o descolamento começa e, com ele, o risco de vazamentos.

Os cuidados com a pele em torno do estoma também são muito importantes para quem tem uma ostomia. A razão é óbvia. Uma pele irritada ou lesionada não vai propiciar uma boa aderência à placa. Por essa razão, é necessário estar atento, e verificar se há sinais de irritação ou de lesões na região ao redor do estoma.

Além disso, tente manter uma boa rotina de cuidados com essa pele. Em especial, após a higiene local, vale a pena se certificar de que a pele está bem seca, antes de aplicar a bolsa. A umidade pode atrapalhar no funcionamento do adesivo.

A bolsa de ostomia está vazando! E agora?

Se uma emergência aconteceu e você notou que a sua bolsa de ostomia está com vazamento, não é preciso se desesperar. Há maneiras eficazes de solucionar o problema sem causar constrangimentos.

Tenha sempre em sua bolsa um kit de emergência que o ajude a enfrentar a situação. Dessa forma, se ocorrer vazamentos da bolsa de ostomia você pode ir a um local discreto e aplicar lenços de papel (ou papel higiênico) na região. Com o vazamento contido, você poderá encontrar um banheiro para lidar adequadamente com o ele.

Assim que encontrar um banheiro em que se sinta confortável, tente descobrir onde está o problema. Caso o adesivo da placa não esteja bem aderente à pele, não tem jeito: é preciso troca-la por uma nova. E também certificar-se de que esta nova placa está bem firme até que consiga chegar em casa.

Outra dica valiosa é manter uma peça de roupa extra em sua bolsa para que possa trocar nos momentos de imprevisto.

Compartilhe informação com outros ostomizados!

Convide amigos e familiares para conhecer mais sobre a ostomia. Combater o preconceito através da informação é essencial.

Leia mais

Você já ouviu falar no Passe Livre? O benefício é um programa do Governo Federal que garante às pessoas carentes e com deficiência a gratuidade no transporte coletivo interestadual. Mas, afinal, quais são as etapas para solicitá-lo e como saber quem tem direito a essa vantagem? Entenda agora e sane suas dúvidas.

Quem tem o direito a esse benefício?

O Passe Livre foi criado em 1994, regulamentado em 2000 e seu funcionamento teve início apenas em 2012. Dessa forma, de acordo com a Lei 8899/94, o benefício é concedido às pessoas portadoras de deficiência que sejam comprovadamente carentes, ou seja, que tenham a renda familiar mensal “per capita” de até um salário mínimo.

Como o objetivo dessa iniciativa é contribuir para a inclusão social dessas pessoas, ajudando a superar limites e a se locomover com liberdade, esse direito se expande a diferentes segmentos dentro do que é considerado uma deficiência, como a física, mental, auditiva, visual ou múltipla. Em especial, é um direito que assiste às pessoas ostomizadas.

Como solicitar o Passe Livre?

O primeiro passo é obter os formulários de requerimento e o atestado médico padrão do benefício. Eles podem ser solicitados:

  • No site do Ministério dos Transportes;
  • Através do e-mail para passelivre@transportes.gov.br;
  • Enviando uma carta para o Ministério dos Transportes. Caixa postal 9600, CEP 70040-976, Brasília, Distrito Federal;
  • Ou por telefone, através do número (61) 3329-9068.

Assim que os formulários estiverem em mãos, é necessário preenchê-los e juntá-los aos documentos necessários. Por fim, bastará enviar toda a documentação para o Ministério dos Transportes, no mesmo endereço citado acima, e esperar que a análise seja feita para que a credencial do Passe Livre possa ser enviada, pelos correios, para o seu endereço.

Quais os documentos necessários?

O requerente necessita reunir alguns documentos para enviar junto com os formulários. Seriam eles:

  • Cópia de um Documento de Identidade, podendo ser a Certidão de Nascimento, a Certidão de Casamento, o Certificado de Reservista ou a própria Carteira de Identidade;
  • Uma foto 3×4 colorida e recente;
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social, Título de Eleitor ou Carteira Nacional de Habilitação;
  • Atestado médico padrão do Passe Livre, comprovando a deficiência ou a incapacidade;
  • Requerimento padrão do Passe Livre com declaração de renda familiar mensal “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo.

Tenho direito a um acompanhante?

É importante ter em mente que nem todos os deficientes terão direito a um acompanhante na gratuidade, somente aqueles que precisam de auxílio para se locomover. Em casos como esse, é preciso que o especialista declare no atestado médico padrão do Passe Livre a importância dessa pessoa para a locomoção do paciente, tornando indispensável sua companhia.

Inclusive, para os que tiverem o benefício, é preciso apresentar o Requerimento de Acompanhante junto com os outros documentos que serão enviados ao Ministério dos Transportes. Não se esqueça!

Como retirar a passagem?

Para retirar a passagem, o deficiente precisa ir diretamente ao balcão da empresa de transportes e apresentar a credencial e seu documento de identidade para a confirmação. É importante que ela seja solicitada até três horas antes da viagem de iniciar e o usuário deve ter em mente que esse é um direito que lhe cabe.

Toda empresa é obrigada a reservar dois assentos por viagem para atender o Passe Livre, de preferência na primeira fila de poltronas, e esse é um benefício que não pode ser negado. Se todos estiverem ocupados, o indivíduo pode escolher outro dia ou horário.

Inclusive, no momento da viagem, as bagagens e equipamentos especiais, como cadeiras de rodas, muletas e bengalas, são transportados gratuitamente e em lugar adequado e de fácil acesso.

Quais são as passagens elegíveis ao Passe Livre?

As passagens do Passe Livre são válidas para viagens de trem, barco e ônibus, desde que sejam transportes coletivos interestaduais, ou seja, os que vão de um estado para outro. Contudo, lembre-se que ele não é válido para o transporte urbano ou entre municípios dentro do mesmo estado.

Como é o processo de renovação?

O benefício do Passe Livre é válido por três anos e precisa ser renovado após esse período, mesmo que a deficiência seja permanente e que não haja perspectiva de o quadro mudar. Para solicitar essa renovação, é possível fazê-la pela internet ou manualmente.

Pela internet, é preciso:

  • Acessar a página do cadastro eletrônico e atualizar os dados do usuário, dos familiares e do acompanhante, caso ele exista;
  • Em seguida, escaneie e anexe um novo atestado médico padrão do Passe Livre, assim como foi feito pela primeira vez;
  • Caso precise de um acompanhante, a declaração do médico também precisa ser anexada.

Para fazer o processo manualmente, é necessário:

  • Enviar novamente todos os formulários e documentos necessários. Sempre preenchidos à mão e assinados;
  • Realizar o processo com, no mínimo, 30 dias para o vencimento. Afinal, este é o prazo que a equipe necessita para receber os documentos pelos Correios e enviar a nova credencial.

Telefones úteis

A equipe do Passe Livre pode ser contatada pela Central de Relacionamento do Ministério da Infraestrutura. Para isso, os telefones disponíveis são: (61) 3329-9068 ou (61) 2029-8035.

Além disso, a Ouvidoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres também fiscaliza os principais terminais rodoviários e você pode entrar em contato pelo telefone 166.

Sou ostomizado. E agora?

O Passe Livre está entre os direitos das pessoas ostomizadas e você pode solicitar sua credencial seguindo todos os direcionamentos dispostos nesse texto. Contudo, se você precisar de uma rede de apoio maior, nós estamos aqui para ajudar.

A Osto+ é uma rede para pessoas com ostomia e traz em seu site uma série de informações, dicas e histórias inspiradoras que podem te auxiliar e encarar esse processo de cabeça erguida.


Leia mais

De forma geral, a bolsa de ostomia não deve ter odor algum. Em alguns raros momentos, porém, você poderá notar alguns odores da bolsa de ostomia, isso pode acontecer quando você ingere certos alimentos, por exemplo.

Entretanto, não há porque se preocupar: atualmente há no mercado várias opções de produtos que ajudam a evitar os odores da bolsa de ostomia. Confira agora!

Um dos temores mais frequentes, entre as pessoas que foram (ou serão) submetidas a uma cirurgia de ostomia, é o receio de que o cheiro da bolsa seja percebido pelas pessoas próximas, o que poderia gerar constrangimentos e até estigmas.

Esse receio, porém, não se justifica nos dias de hoje. Primeiro, porque os materiais evoluíram muito nos últimos anos. Por exemplo, as bolsas são revestidas por um filme que ajuda a manter eventuais odores sob controle.

Além disso, o encaixe entre as peças, bem como a aderência da bolsa à pele são tão bons que, em condições normais, não há porque o odor escapar de dentro da bolsa.

Ainda assim, há determinadas situações, como quando a pessoa ingere certos medicamentos, ou mesmo alguns alimentos, que alteram o odor das fezes, que uma ajuda a mais no combate aos odores pode ser muito bem-vinda.

É justamente para lidar com essas situações que você precisa conhecer os produtos que apresentamos a seguir!

1. Filtro de carvão

No topo da lista de produtos para evitar os odores da bolsa, temos o filtro de carvão para bolsa de ostomia.

Esse produto funciona como um filtro e serve não apenas para neutralizar o odor que é exalado da bolsa de ostomia, mas também para retirar os gases retidos nesse local.

Com isso, o volume da bolsa é reduzido, de maneira a garantir discrição e tranquilidade.

O filtro de carvão é vendido em pastilhas, as quais podem ser colocadas diretamente dentro da bolsa. Algumas marcas de bolsa já vêm com esse produto.

2. Desodorante para bolsa de ostomia

Outra opção interessante de produto é o desodorante lubrificante para bolsa de ostomia. É uma solução que neutraliza o odor e lubrifica a bolsa, com o objetivo de facilitar o seu esvaziamento.

Esse tipo de produto facilita o deslizamento das fezes. Assim, ele colabora para que o conteúdo fecal fique no fundo da bolsa. Além disso, impede que o mau cheiro provocado pelas fezes seja exalado através da bolsa.

3. Sachês gelificantes

O terceiro produto que se pode adotar é o sachê gelificante, – o mais popular dos produtos para evitar os odores da bolsa.

O sachê tem como função mais importante transformar a consistência das eliminações, para que seja semelhante à de uma gelatina.

Por conta disso, previne o vazamento do conteúdo fecal e garante uma bolsa discreta, de perfil baixo. Além disso:

  1. Trabalha no sentido de evitar o entupimento do filtro;
  2. Pode ser usado em qualquer hora ou turno do dia, ou seja, manhã, tarde e noite;
  3. Reduz os ruídos gerados em decorrência do processo de saída do conteúdo fecal;
  4. Elimina significativamente o odor que é gerado pelo conteúdo fecal.

3. Pasta para bolsa de ostomia

Temos também a pasta para bolsa de ostomia. Além de neutralizar o odor exalado da bolsa, esse produto protege a pele da região (pele periestoma). Essa região pode acumular vestígios de fezes e, assim, ocasionar algum problema relacionado à pele.

O ideal é tentar se proteger de todas as formas, o que significa dizer que você pode combinar mais de um, entre os produtos que mencionamos.

5. Bloqueadores de odores sanitários

Outra solução é utilizar os bloqueadores de odores sanitários. Esse produto neutraliza, como o seu próprio nome antecipa, odores como aquele do conteúdo da bolsa.

Eles são feitos a partir de óleos naturais, os quais são capazes de criar uma barreira contra o odor. Esse produto pode ser utilizado no banheiro ou no quarto, onde quer que a bolsa seja esvaziada ou substituída.

Desta forma, a colostomia pode ser tratada e a bolsa aberta nestes ambientes, sem que a pessoa precise se preocupar em deixar algum mau cheiro.

Leia mais

Existe um contratempo que, de vez em quando, incomoda quem tem uma ostomia: quando a placa de ostomia não está colando direito. É claro que esse material é fabricado para garantir uma boa aderência à pele, e é isso que costuma acontecer. Mas não é impossível que, eventualmente, você encare algum tipo de dificuldade para garantir a aderência da placa. Confira as dicas que separamos para ajudar você a lidar com o problema.

Antes de mais nada, saiba que, na maioria dos casos, as dicas a seguir vão ajudar! No entanto, é importante destacar que, se o problema for recorrente e você não encontrar uma solução entre as sugestões apresentadas neste artigo, você deve procurar ajuda profissional – do estomaterapeuta.

solução para o problema da placa que não está colando costuma ser relativamente simples. Tudo começa em identificar o motivo que está por trás da dificuldade. Por isso, vamos examinar alguns dos mais comuns.

Excesso de suor

Está aí um exemplo de situação comum. Afinal de contas, todo mundo sua, às vezes em maior quantidade. Além de ser uma característica pessoal, a quantidade de suor está relacionada ao ambiente – seja pelo tipo de roupa utilizada, seja pela temperatura (verão, regiões mais quentes, etc.).

O problema está no suor na região abdominal, onde a placa é colocada. E então, que fazer? Felizmente, essa é uma situação bem fácil de se resolver.

Uma primeira dica que você pode seguir é usar um pó para ostomia, que tem a funcionalidade de limitar a quantidade do suor na pele ao redor do estoma. Há produtos destinados especificamente a esse fim, converse com seu estomaterapeuta.

Outra opção prática é usar uma placa que seja um pouco mais resistente a umidade.

Se nada disso funcionar, ou se você não tiver acesso aos produtos acima, vale tentar trocar a placa com uma frequência um pouco maior. Essa ideia também pode ajudar se o suor excessivo acontecer após algum tipo especifico de atividade, como algum a prática de esportes.

Erros na técnica de cuidados com a ostomia

Outro problema comum, que pode dificultar a aderência da sua placa. Por isso, o ideal é ter em mente as seguintes diretrizes:

  • procure seguir com cuidado o passo a passo para esvaziar ou trocar a sua bolsa – a técnica correta é muito importante para garantir a perfeita aderência da placa ao abdome;
  • quando estiver em contato com o estomaterapeuta (no hospital, no atendimento domiciliar ou mesmo na associação de ostomizados), procure tirar todas as suas dúvidas em relação à técnica de cuidados; idealmente, tente você mesmo cuidar da ostomia, sob supervisão do profissional; e
  • na dúvida, leia atentamente e procure seguir as instruções de uso de cada um dos produtos.

Então, por exemplo, se você usa algum tipo de pó para ostomia, se certifique de limpar o excesso de pó ao redor do estoma. Ou ainda, caso você use uma pasta, é preciso aplicá-la sem excessos, já que seu objetivo é apenas preencher os espaços entre o estoma e a placa.

É possível, também, que certos produtos tenham uma dificuldade em colar sozinhos. Nesse caso, você precisará da ajuda de uma fita microporosa ou de um adesivo extra.

Dica importante!

Uma dica, ainda que pareça simples: muita gente se esquece de que não deve utilizar produtos para ostomia quando estão fora do prazo de validade.

Naturalmente, estes produtos podem perder as propriedades de aderência, o que significa que ter certas dificuldades em colá-lo é natural. Esse problema também pode acontecer se os produtos não forem armazenados da maneira ideal, mesmo se a data de validade não tiver expirado.

A solução, neste caso, é sempre ficar de olho na data de validade dos produtos, para trocá-los sempre que for necessário e armazená-los respeitando as instruções.

Presença de pêlos na região

Especialmente para os homens, este pode ser um grande problema: a placa de ostomia não está colando por conta dos pêlos da região do estoma. E isso pode criar uma enorme dificuldade, especialmente se eles forem muito longos, o pode causar o descolamento do adesivo. Neste caso, não há muita opção, a não ser dar uma boa aparada ao redor da área.

Para isso, o ideal é usar uma tesoura ou uma maquininha específica para esse fim. Procure evitar lâminas de barbear ou mesmo a depilação com cera. Esses métodos podem irritar a pele, prejudicando ainda mais a adesão da placa…

Feridas na pele periestoma

A pele periestoma (ao redor do estoma) é motivo de atenção constante, por parte de quem tem uma ostomia. É necessário tomar todo o cuidado para que ela se mantenha íntegra e saudável. Seu aspecto deve ser semelhante ao da pele do restante da região abdominal.

Apesar de todos os cuidados, é possível que, em algum dado momento, essa pele esteja irritada ou mesmo machucada. E o inchaço, a coceira ou mesmo a secreção que possa estar drenando de alguma feridinha na região podem prejudicar a aderência na placa.

É claro que, se você cuidar bem da pele dessa região, não deve enfrentar esse problema. Ainda assim, pessoas que tenham a ostomia há pouco tempo, até porque não dominam a rotina de cuidados, têm mais chance de viver essa situação. Mas não se engane: problemas na pele periestoma podem ocorrer com qualquer pessoa que tenha uma ostomia e, consequentemente, dificuldades para aderir a placa também!

Os casos mais simples, naturalmente, podem ser solucionados com o uso de certos produtos para proteção da pele, como o pó, o spray ou o creme. Mas, se a situação for um pouco mais delicada, recomendamos consultar um profissional – seu médico ou estomaterapeuta.

Estoma retraído

Se o seu estoma é retraído, a superfície de contato entre a placa e a pele do abdome pode estar prejudicada. Assim, é possível que ocorram alguns vazamentos por baixo da placa, o que prejudica ainda mais a eficácia da colagem. Neste caso, você pode experimentar usar uma placa convexa, que é mais recomendada para melhorar a superfície de contato com a pele e, com isso, a aderência a ela. Alguns outros produtos podem ajudar nesse mesmo sentido. Cuidar de um estoma retraído é sempre uma situação desafiadora.

Pouca pressão na colagem da placa

Algumas placas demandam um pouco mais de pressão no momento da colagem. Por isso, se ela não foi suficiente, você pode ter problemas. Esse é um cuidado a ser lembrado a cada troca de placa.

Uma boa dica é, depois de aplicar a placa, usar a palma da mão para gerar uma leve pressão, por um ou dois minutos. O ideal é consultar um profissional para que ele ilustre a melhor forma de fazer esta troca.

Leia mais

Você provavelmente sabe que estoma é o nome da abertura feita na pele, numa cirurgia de ostomia. Mas você talvez não saiba que ele sofre alterações (de tamanho, forma, etc.) com o tempo. O estoma retraído é uma complicação comum e, hoje, explicaremos o que você precisa saber sobre isso!

Recapitulando: o que é um estoma?

Você deve se lembrar que, quando uma ostomia é confeccionada, uma abertura é feita na pele, de forma a comunicar o interior do órgão com o meio externo. A essa abertura, dá-se o nome de estoma.

A sua aparência lembra muito a da boca (daí o seu nome, pois boca, no grego, se diz stoma). Seu formato é redondo ou oval, sua cor é vermelha e sua aparência, sempre brilhante, úmida.

O estoma é muito vascularizado (possui muitos vasos sanguíneos) e, por isso, sangra facilmente. Mas não tem terminações nervosas, por isso não dói quando manipulado.

O órgão que se comunica com o exterior através do estoma depende da cirurgia que foi realizada. Assim, se foi feita a cirurgia para criar uma abertura para eliminar fezes (chamada de ostomia digestiva), é o intestino que forma o estoma. Por outro lado, se a intervenção busca criar uma via alternativa para eliminação de urina (ostomia urinária), é o ureter que se comunica com a parede abdominal (normalmente com a ajuda de um segmento de intestino delgado).

Por que o estoma se retrai?

Ao longo do tempo, o estoma muda de formato, de tamanho, etc. Isso acontece porque, logo após a cirurgia, ele está inchado e, à medida que desincha, reduz de tamanho.

Além disso, conforme o processo de cicatrização da parede abdominal, e também porque o peso da pessoa pode sofrer alterações no pós-operatório, o estoma pode mudar de formato, localizando-se mais para dentro ou mais para fora da superfície abdominal…

Por isso, é possível identificar estomas em diferentes posiçõesprojetadoplano ou retraído. Então, o projetado (ou protruso) se apresenta para fora da superfície, criando uma elevação na região. Por outro lado, o estoma plano está bem alinhado ao nível da pele. Mas hoje, vamos falar sobre o estoma retraído. Nesse caso, o estoma fica abaixo da superfície da pele, criando assim uma “depressão” na área.

E quais são as implicações de se ter um estoma retraído, ou até mesmo um estoma plano? A resposta é simples: basicamente a aderência da placa/base à parede abdominal fica prejudicada. Então, surgem os riscos de vazamentos, de lesões da pele em torno do estoma e de complicações associadas.

Todas as soluções disponíveis passam por otimizar a superfície de contato da placa com a parede abdominal, garantindo melhor aderência. Por exemplo, uma possibilidade seria usar uma placa convexa no estoma retraído. A utilização desse tipo de placa vai produzir uma projeção maior do estoma para fora, gerando desse modo uma maior facilidade na adaptação do seu sistema de bolsa.

Como conviver com um estoma retraído?

Além da utilização da placa convexa, que projeta o estoma alguns milímetros para frente, há outros produtos que podem ser fortes aliados das pessoas que têm esse problema, por exemplo:

  • pasta protetora;
  • os anéis; ou
  • as tiras adesivas.

A lógica é sempre a mesma: melhorar a superfície do abdomegarantindo assim a aderência entre o sistema de bolsa e a pele da região. Em última análise, o que queremos é que as fezes não entrem em contato com a pele.

Além destes, existem outros cuidados importantes para ter uma vida boa com estoma retraído. Confira!

Para começar, garanta que o tamanho do orifício da placa seja adequado ao do seu estoma. Se for menor, a placa pode machucar o estoma. Caso seja maior, essa diferença não deve ultrapassar os 3 mm. Assim, você evita o contato das fezes com a pele!

Quando a bolsa atingir 1/3 da sua capacidade, esvazie ou troque! E, caso observe alguma infiltração do conteúdo da bolsa (fezes ou urina) na placa, não vacile: troque a placa imediatamente.

Lembre-se sempre de observar a pele peristoma (em torno do estoma) quando trocar o dispositivo. E mais: tenha cautela na hora de retirar a placa adesiva. São cuidados que devem ser feitos diariamente, com o máximo de atenção, para evitar problemas.

Analise o período de duração da bolsa. No geral, as bolsas de duas peças têm duração de sete dias e as de uma peça, três dias. Lembre-se: a necessidade de trocas mais frequentes pode indicar problemas. Caso tenha qualquer dúvida, consulte sempre o estomaterapeuta.

Leia mais