Mulher olhando no espelho verificando se precisa de uma cinta para ostomia

Cinta para ostomia, faixa ou cinto para ostomia. Já ouviu falar sobre esse tipo de acessório? Estes três acessórios ajudam a manter a bolsa no lugar e reduzem a possibilidade de descolamentos da placa. Cada tipo possui uma função e você pode conhecê-las neste artigo!

Cinta para ostomia: qual é a função deste tipo de acessório?

Este tipo de acessório tem a função de proporcionar maior adesão da placa à pele, pois reduz a mobilidade do sistema, mantendo-o fixo junto à pele.

Em particular, proporciona maior sensação de segurança para quem tem dificuldade em conseguir uma aderência perfeita na placa, como nos estomas retraídos, por exemplo. A explicação é simples: a placa (ou mesmo a bolsa) apresentará maior ou menor aderência à sua pele, de acordo com a constituição do seu estoma (a forma como ele foi feito e como ele se projeta na sua parede abdominal), além das características da sua pele periestoma (ao redor do estoma).

Assim, se o seu estoma for plano, retraído ou se houver dobras ou irregularidades, você poderá se beneficiar do aumento de fixação do sistema de bolsa à pele promovido pelos cintos, cintas ou faixas.

Mesmo se você estiver no começo, na fase de adaptação do uso da bolsa de ostomia, é possível que o uso de um acessório como esse, faça você se sentir mais seguro. Afinal, ele manterá a bolsa fixa, lhe proporcionando segurança e ajudando a disfarçar a bolsa sob as roupas.

Este tipo de acessório possui três variações: cintoscintas e faixas para ostomia. Falaremos a seguir de cada uma delas.

Cintos para ostomia

Os cintos para ostomias são elásticos reguláveis, confeccionados especificamente para este uso. Possuem presilhas para que sejam afixadas às alças do sistema de bolsas.

Nem todos os sistemas de bolsa podem ser utilizados com este tipo de acessório. Então, para a utilização dos cintos para ostomia, sua bolsa ou placa precisará ter “alças”.

Além disso, um cuidado delicado na lavagem aumentará a longevidade do produto: recomenda-se a lavagem à mão com o sabão neutro, utilizando água fria e a secagem não deve ser feita na máquina de secar.

Porém, apesar dos bons cuidados, os cintos ainda precisarão ser substituídos regularmente para garantir a sua eficácia. Geralmente, entre 2 e 3 vezes por ano.

Como identificar a necessidade da utilização de uma cinta para ostomia?

Alguns desconfortos como:

  • bordas da barreira “levantadas” precocemente;
  • vazamentos consistentes em uma das bordas da placa ou
  • descolamentos da placa durante suas atividades regulares

podem indicar a necessidade de um cinto para ostomia.

Um cinto pode ajudar a manter a fixação do sistema de bolsa em seu abdômen evitando esses “levantamentos” e vazamentos.

Cintas para ostomia

As cintas para ostomia são confeccionadas com material de alta compressão, assim como as cintas pós cirúrgicas e modeladoras. Possuem diversos tamanhos ou podem ser confeccionadas sob medida. Assim, seu sistema de fechamento pode ser através de velcro ou colchetes – ambos possuem alto poder de sustentação.

Os modelos, comprimento da cinta e nível de compressão variam de acordo com o fabricante.

Os cuidados indicados são os mesmos dos cintos para ostomia ( lavagem à mão com o sabão neutro, utilizando água fria e a secagem não deve ser feita na máquina de secar. Priorize a secagem na sombra) Não se deve torcer o produto. Assim, após lavar e secar, colocar na geladeira por 30 minutos, na própria embalagem da cintaO resfriamento ajuda a manter as propriedades das fibras do tecido, mantendo a compressão da cinta.

Diferente dos cintos, as cintas apresentam durabilidade é maior. A troca do acessório varia de acordo com a frequência da sua utilização, mas deverá ocorrer a cada 12 ou 18 meses.

Quando usar a cinta para ostomia?

As principais funções deste produto são comprimir o abdômen e sustentar a bolsa de ostomia. Além disso, seu poder de compressão faz com que a bolsa seja protegida mesmo com movimentos bruscos, como enquanto pratica atividade física, por exemplo.

As cintas para ostomia também são indicadas para o tratamento de hérnias. Se este for o seu caso, fale com o seu médico ou enfermeiro estomaterapeuta, antes da utilização da cinta.

Faixas para ostomias

As faixas são confeccionadas com material de média compressão, sua principal função é disfarçar a bolsa de ostomia.

Apresentam um ou dois bolsos internos para colocar a bolsa de ostomia. Os modelos de faixas possuem dois bolsos, pois podem ser usados por pessoas que têm duas ostomias. Mas também podem ser usados sem nenhum problema por pessoas que tenham uma única ostomia de eliminação (de qualquer tipo).

Os cuidados indicados são os mesmos: lavagem à mão com o sabão neutro, utilizando água fria e a secagem não deve ser feita na máquina de secar. Além disso, evite torcer o produto e priorize a secagem na sombra.

Porém, as faixas geralmente perdem seu poder de compressão com maior facilidade do que as cintas para ostomias. Mesmo com os cuidados em sua manutenção, geralmente a troca do acessório deve ser feita a cada 10 ou 12 meses.

Quando usar a faixa para ostomia?

  • para “disfarçar” sua bolsa de ostomia ao usar roupas justas ou com transparência;
  • oferece apoio e estabilidade durante atividades físicas de baixo impacto, como caminhadas, por exemplo;
  • nos casos de vazamentos, a faixa aumenta a proteção de suas roupas ou lençóis e
  • é muito útil para quem possui duas ou mais ostomias. A faixa organiza as bolsas, promovendo maior conforto ao longo do dia.

Então, independente da escolha do seu tipo de acessório, fale com o seu médico ou enfermeiro estomaterapeuta. Temos certeza que você encontrará o melhor modelo para a suas necessidades!

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A irrigação é um excelente método, que pode liberar algumas pessoas da necessidade do uso da bolsa de ostomia.  Seu uso deve ser indicado e prescrito pelo médico. A transição exige alguns passos e você precisa conhecê-los. Se você está ligado nos conteúdos da Osto+, então já sabe no que consiste a irrigação da colostomia. Trata-se de um método seguro e eficaz de treinamento intestinal, utilizado para permitir que o ostomizado possa programar os horários para eliminação do conteúdo do intestino, podendo assim libertar-se da bolsa durante períodos relativamente longos, como 24-48 horas.

⚠️ ATENÇÃO! As informações a seguir têm a finalidade de apresentar os passos necessários para realizar a transição do uso constante da bolsa para a irrigação da colostomia. O propósito desse conteúdo é ajudar as pessoas interessadas a entender se podem (e decidir se querem) tentar se submeter a essa transição. Lembre-se, porém: em todos os casos, é o seu médico quem pode definir a sua elegibilidade para a adoção do procedimento.

Então, qual é o primeiro passo para a irrigação da colostomia?

Antes de mais nada, você precisa se informar. Compreender a rotina de quem faz a irrigação, a necessidade de disciplina, os pre-requisitos para o método e, então decidir se você quer avançar. Converse com outras pessoas que fazem a irrigação, com familiares dessas pessoas e até, se puder, converse com quem não se adaptou. Isso ajudará a criar a coragem necessária para experimentar a mudança, e possibilitará trocas de conhecimento valiosas a respeito da irrigação.

Procure conteúdo de qualidade, consulte o blog da Osto+.

Se o seu desejo for avançar, a primeira avaliação será feita pelo seu médico. Ele precisará analisar a sua elegibilidade para a transição. Também é importante conversar com o seu enfermeiro estomaterapeuta: é ele quem realizará todo o processo de treinamento da técnica com você.

Entenda que a dificuldade da autoirrigação não é apenas técnica, mas também pessoal. Afinal, cada pessoa tem sua rotina, suas experiências, suas motivações e necessidades, entre outros fatores.

A preparação para o início do treinamento

Em primeiro lugar, você precisa fazer contato com um enfermeiro estomaterapeuta com experiência no método de irrigação. Apesar de não ser exatamente nova, essa ainda é uma técnica relativamente pouco difundida em nosso país. Esse profissional é essencial para ensinar você a realizar corretamente o procedimentoNão tente começar a fazer a irrigação sem a supervisão do estomaterapeuta, em nenhum hipótese!

Quais são os pré requisitos mínimos para a realização da técnica?

  • Possuir uma colostomia esquerda terminal (confeccionada no cólon descendente ou sigmóide)
  • Ter recebido a autorização do seu médico para a realização do procedimento;
  • Estar à vontade com o seu estoma. Afinal, será necessário toca-lo, inserir nele o cone de irrigação e infundir a água toda através dele;
  • Ter boas condições físicas e motoras para executar a técnica e os procedimentos de autocuidado;
  • Condições básicas de saneamento no domicílio. Como acesso à agua limpa, lavatório, e local para o descarte do conteúdo durante a irrigação, por exemplo;
  • Ausência de complicações na ostomia (como prolapso, hérnia, retração, estenose e lesões na pele periestomal);
  • Não estar fazendo radioterapia na região abdominal ou pélvica, ou quimioterapia e
  • Não ser portador de Síndrome do Cólon Irritável.

Após quanto tempo da cirurgia de colostomia, posso iniciar a transição para a técnica de irrigação?

É absolutamente necessário que as condições listadas acima tenham sido atendidas, o que pode levar algum tempo. Geralmente, o treinamento pode começar entre um e três meses após a colocação da colostomia, levando em consideração a possibilidade de ocorrência de dor e desconforto à pessoa recém-operada. Porém, até mesmo isso muda de pessoa para pessoa, pois existem casos excepcionais de pessoas que podem dar início às irrigações dias após o procedimento cirúrgico.

Como é o treinamento da técnica de irrigação da colostomia?

Seu estomaterapeuta irá acompanhá-lo durante as primeiras irrigações. Geralmente, nos primeiros procedimentos, ele realizará os principais passos do processo, enquanto você assiste. Assim que você ganhe mais autonomia, ele vai apenas orienta-lo enquanto você os realiza.

À medida que você se sentir totalmente seguro com a técnica, o enfermeiro estomaterapeuta apenas acompanhará a execução do procedimento, estando disponível para uma ou outra dúvida que possa restar. Finalmente, após a execução de algumas irrigações sem ajuda e com sucesso, você estará apto a adotar a técnica.

A partir de quando poderei deixar de usar a bolsa de ostomia?

Este período de treinamento não é predeterminado. Tudo dependerá das suas habilidades e adaptação na execução de todos os passos. Afinal, quanto mais seguro você estiver com o seu novo corpo e estoma, mais confortável estará para manipulá-lo e realizar o procedimento.

Normalmente, o treinamento leva entre 2 a 3 meses. Durante o período de treinamento e adaptação, após a irrigação, deve-se colocar novamente a bolsa, para evitar acidentes.

Afinal, além de você, o seu intestino também estará em treinamento. Então, a bolsa é necessária para o caso de haver escapes entre uma irrigação e outra. Tão logo você e seu estomaterapeuta estejam seguros de que não há mais escapes, será possível assumir a técnica definitivamente.

Disciplina, paciência e força de vontade são as palavras chave deste período! Tente quantas vezes for necessário e não desista!

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Certamente viajar é um dos grandes prazeres da vida. Ter uma ostomia não impedirá você de continuar vivendo grandes momentos e conhecendo lugares novos. O segredo para viajar com uma urostomia é planejamento! 

As dicas que preparamos para este post são dedicadas para quem tem uma urostomia.

#Dica 1: Use uma bolsa coletora de urina em viagens longas

Principalmente para passeios com longas caminhadas ou trilhas longas, por exemplo, utilize uma bolsa coletora de urina para leito ou mesmo um coletor de urina de perna.

Bolsa coletora de urina para leito

Você pode usar esse tipo de bolsa coletora, acoplada em sua bolsa de ostomia. Para carregá-la de forma discreta, sugerimos a idéia da fanpage “Urostomy Travel Bag by Chris“: a bolsa coletora é carregada em uma bolsa comum, à tira colo, e apenas o tubo conectado a bolsa de ostomia.

Então, a bolsa poderá ser carregada durante o seu passeio, e por conta da capacidade da bolsa coletora – 2 litros – você terá mais tempo para se divertir!

Como o tubo conector ficará por baixo da roupa e a bolsa próxima ao corpo, é praticamente imperceptível identificar a bolsa coletora. Além disso, carregue a bolsa na transversal, para equilibrar o peso da bolsa.

#Dica 2: Leve “banheiros de emergência” para esvaziar a bolsa em viagens de carro

Provavelmente uma das preocupações ao viajar de carro com uma urostomia é “como esvaziar a bolsa em um engarrafamento”?  Então, você pode solucionar este problema, utilizando uma das duas dicas abaixo:

Utilize também uma bolsa coletora de urina para leito

Com capacidade de armazenamento de 2 litros, é descartável e é utilizada para a coleta de urina no leito. Você pode pode encontrá-la em lojas especializadas em produtos de saúde, cirúrgicas e em algumas farmácias, e custam muito barato. Conecte-a em sua bolsa de ostomia e coloque-a em uma bolsa ou sacola, ao lado do seu banco no carro. Eventualmente, para viagens mais longas, leve mais de uma bolsa, para ter mais segurança.

Esvazie sua bolsa em um recipiente fechado

Além disso, um recipiente com tampa, vazio e com silica gel – para solidificar a urina – pode ser um item útil. Assim, se precisar esvaziar a bolsa em uma situação de emergência, poderá fazer isso no carro, esvaziando-a neste recipiente. Então, em sua próxima parada, você poderá descartar o recipiente. Leve alguns recipientes ou um item com maior capacidade e maior quantidade de silica gel para garantir a absorção até o descarte.

#Dica 3: Não descuide da hidratação! Desidratação é coisa séria

A desidratação é um problema sério. E durante a sua viagem, manter a hidratação adequada é crucial. É esperado que, durante as férias,  você perca mais líquidos. O clima mais quente, que aumenta a perda de água pelo suor, algum episódio de diarréia, em função da comida diferente – tudo isso pode contribuir. Por outro lado, os passeios mais longos e a diversão podem fazer você esquecer de ingerir líquidos, principalmente se não criou ainda este hábito.  Então fique atento:

  • Leve com você uma garrafa de água aonde quer que vá. Ou seja, não assuma que você encontrará água ao sair. É melhor manter sempre sua fonte de água tratada com você;
  • Se você sair para uma caminhada, ou para praticar outra atividade física, ter água disponível e ingeri-la constantemente é muito importante!

Que tal acompanhar a sua ingestão de líquidos durante a viagem com a ajuda de aplicativos no seu celular?

#Dica 4: Faz parte da viagem experimentar novos sabores. Mas alguns alimentos podem interferir no odor da urina

Um dos principais motivos do odor mais forte na urina é a ingestão insuficiente de água – até nas 48 horas anteriores. Mas, se além de atentar-se a #dica3 do post, você ainda estiver preocupado com maus odores na urina, saiba que alguns alimentos podem influenciar nisso:

  • alho,
  • cebola,
  • vegetais com caules verdes – como aspargos e brócolis,
  • couve-de-bruxelas,
  • curry,
  • salmão,
  • bebidas alcoólicas e
  • o bom e velho cafezinho.

Mas, a dica mais importante é que você não deve se privar de experimentar novos sabores! Não deixe de colecionar recordações felizes em sua viagem, evitando esse ou aquele alimento somente por conta do odor da urina. Mantenha a hidratação em dia, e prove de tudo, tomando cuidado com a quantidade ingerida.

#Dica 5: Não se esqueça de programar a troca da barreira da bolsa de urostomia para uma data próxima a da viagem

Está inseguro com vazamentos durante a viagem? Mudar a placa base e renovar a barreira da pele antes da partida dá confiança e maior segurança. Assim você fica mais tranquilo e curte mais a viagem!

Enfim, a sua viagem pode ser a trabalho, para conhecer um novo lugar, para descansar, para curtir a família, para namorar, para celebrar uma data importante, para repensar a vida. Não importa o motivo! Afinal, toda viagem diverte, enriquece a alma e renova a energia. Então, siga as nossas dicas e escolha seu novo destino.

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Ter sempre um kit de emergência ao seu lado é um grande “pulo do gato”. Se houver qualquer incidente com a bolsa, você poderá solucionar o problema rapidamente e retornar às suas atividades cotidianas – ou à diversão!

Se você é ostomizado, já deve saber da importância de ter um kit de emergência sempre à mão. A dúvida: quais são os itens indispensáveis para carregar? É exatamente isso o que vamos explicar a seguir. Não perca!

Mas, afinal, quais são os itens essenciais para montar o kit de emergência?

Bolsa extra

Um item indispensável para carregar para onde for é uma bolsa de reserva. Você deve carregá-la para quando precisar lidar com vazamentos maiores, mais difíceis de solucionar com remendos ou reforços.

Tenha essa bolsa sempre com você ou, alternativamente, peça ao seu acompanhante para mante-la sempre por perto. Ah, e claro! Cuide para ter a bolsa já cortada (caso você tenha o hábito de cortar) e sempre ao alcance. Assim, você não se aperta com problemas no dia-a-dia.

Sacolas plásticas

Sacolinhas plásticas são leves, práticas e quase não ocupam espaço. Por isso, tenha sempre algumas em seu kit de emergência. Como medida de prevenção de problemas, é recomendado que cada pessoa tenha sempre pelo menos duas unidades disponíveis.

As sacolas servem para conter pequenos vazamentos, embalando a bolsa até chegar a um local em que seja possível a troca da bolsa de ostomia. Elas também podem ajudar no momento de descartar uma bolsa usada no lixo, evitando constrangimentos.

Fita hipoalergênica

A fita hipoalergênica é um verdadeiro curinga para os ostomizados. Afinal, o produto tem mil utilidades.

Com a ajuda de um rolo de fita, você pode conter alguns rasgos nas laterais da bolsa. Além disso, ela pode ajudar a firmar a placa na hora de correr ou praticar exercícios.

Pode ainda ajudar a fixar a bolsa junto ao corpo para que você  se movimente livremente sem que o equipamento se desloque.

Papel higiênico

E se eu estiver na rua e a minha bolsa começar a vazar? Além dos itens já citados, é indispensável contar com um pouco de papel higiênico. A justificativa é simples: ele não está disponível em muitos banheiros (públicos, principalmente), e você sentirá muita falta dele na hora da emergência.

O rolo não cabe junto aos demais materiais do kit de emergência? Leve com você algumas folhas dobradas…

Ao manusear a bolsa, você pode sujar a si mesmo ou a algum objeto próximo, e o papel estará lá para resolver a situação. Se a sua pele se dá bem com os lenços umedecidos, eles podem ser uma alternativa para substituir o papel comum.

Toalhas e sabonete

Alguns incidentes com a bolsa podem fazer com que você suje as mãos, ou até o corpo… E isso pode acontecer quando você não esta em casa. Nessas ocasiões, você precisa de um auxílio extra.

É exatamente para isso que servem a toalha e o sabonete. Da mesma forma que o papel higiênico, lembre-se de que muitos banheiros públicos não contam com esses itens. Assim, uma boa pedida é se prevenir!

Garrafas com água

Numa situação extrema (mas que infelizmente é comum), você pode acabar em um banheiro que não dispõe de água corrente. É por isso que algumas pessoas optam por carregar garrafinhas no kit de emergência.

Clipe de papel

Quem é ostomizado sabe que algumas bolsas possuem um clamp, uma espécie de grampo que abre ou fecha, e serve para prender a abertura de drenagem. Às vezes, esse clamp pode cair no vaso sanitário, durante a manipulação da bolsa. A situação é mais comum do que parece…

Idealmente, você vai ter um clamp de reserva com você mas, e se você não tiver? É exatamente essa a função do clipe de papel. Com ele, você consegue prender a abertura devidamente, mesmo sem o clamp. Quando um novo clamp estiver disponível, basta retirar o clipe cuidadosamente e fazer a substituição.

Dica extra: carregue uma troca de roupa

Seja no escritório, na casa de um parente próximo ou até na sua bolsa, ter consigo uma muda de roupa é uma opção comum entre pessoas ostomizadas, principalmente as que já tiveram experiências com situações emergenciais.

Vazamentos maiores podem ocorrer, e você corre o risco de se sujar antes mesmo de poder contornar a situação. Nesses casos, roupas sobressalentes salvarão o dia e você poderá cumprir as suas tarefas normalmente.

Conclusão: Apertos nunca mais com o seu kit emergência!

Viver normalmente após a ostomia é possível. Você só precisa criar alguns hábitos. Tenha sempre com você o seu kit de emergência e tenha uma rotina sem sustos!

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De todos os procedimentos para confecção de uma ostomia, a colostomia é o mais comum. É possível levar uma vida normal após a cirurgia, mas algumas adaptações são necessárias. Como na alimentação, por exemplo. Nada muito radical: você apenas tem que entender o efeito que certos alimentos têm sobre o seu corpo. Vamos lá?

Logo após a cirurgia, a alimentação é um desafio mesmo. Os médicos já sabem disso e, por esse motivo, começam prescrevendo apenas alimentos muito leves e que não deixam resíduos, como água, chá e gelatina. À medida que esses alimentos são bem tolerados, a dieta pode progredir para caldos salgados leves, então para dieta pastosa (caldos mais espessos, papas, macarrão bem cozido, etc.) e depois para uma dieta leve. Se houver intolerância em qualquer um desses estágios, o médico interrompe a progressão.

A alta hospitalar deverá acontecer apenas depois que você estiver tolerando bem uma dieta mais leve. Aos poucos, você deverá introduzir novos alimentos e retomar, então, a sua dieta habitual.

Veja que a chamada dieta “normal” depois da colostomia é possível. Então, confira as nossas dicas e veja como fazer.

Mas, afinal, o que é colostomia?

colostomia é um tipo de ostomia intestinal de eliminação. Toda vez que o médico precisa produzir uma saída nova, artificial, para as eliminações de algum órgão interno nosso, trata-se de uma ostomia de eliminação. As mais comuns são a colostomia (que comunica o cólon ou intestino grosso com o exterior), a ileostomia (feita a partir do íleo, parte final do intestino delgado) e a urostomia (que liga o sistema urinário ao meio externo).

E por que alguém precisa de uma ostomia? Porque o caminho normal das eliminações não é mais possível para aquela pessoa. No caso da colostomia, as causas podem ser tumores, acidentes, doença inflamatória intestinal, pólipos, divertículos ou defeitos de nascimento.

Como as eliminações acontecem por uma saída artificial não é mais possível ter controle sobre elas e, por isso, é necessário acoplar a essa saída uma bolsa coletora. No caso da colostomia, a localização da bolsa vai depender do ponto do intestino grosso onde foi feito o procedimento, podendo ser à esquerda ou à direita, na região abdominal.

Dependendo da doença ou situação que provocou a necessidade da ostomia, ela pode ser temporária (quando há expectativa de reversão da cirurgia com o restabelecimento do trajeto normal das eliminações) ou permanente.

Orientação nutricional geral para quem possui colostomia

Diferentemente da expectativa que normalmente se tem em torno desse assunto, não há uma recomendação específica de dieta para o paciente colostomizado. A dieta a ser seguida deve ser sempre balanceada, mantendo-se atenção especial para dois aspectos:

  • a necessidade de se manter sempre bem hidratado – a presença da colostomia indica a possibilidade de uma perda acentuada de líquidos, principalmente se há diarreia, por isso é importante assegurar a ingestão de seis a oito copos de água todos os dias;
  • alguns alimentos, apesar de bem tolerados, podem trazer algum sintoma incômodo, como a bolsa inflada, aumento do odor das fezes, etc. Por esse motivo, é importante conhecer bem os efeitos de cada alimento sobre o seu organismo e, assim, poder evitar aqueles que trazem algum desconforto.

Uma boa dica é introduzir um novo alimento no seu cardápio de cada vez, e sempre em pequenas quantidades. Assim, se esse alimento for bem tolerado, você segue em frente e aumenta a quantidade numa próxima vez. Se causar algum desconforto, a orientação é suspender a sua ingestão por algumas semanas e, depois disso, tentar novamente.

Fibras

Quando estiver planejando o seu dia-a-dia, é preciso levar em conta a importância das fibras em sua dieta. Procure ingerir esse tipo de alimento todos os dias, mas sem exagero. Exemplos de alimentos com alto teor de fibra:

  • Pipoca
  • Soja;
  • Grão de bico;
  • Lentilha;
  • Centeio;
  • Milho;
  • Linhaça;
  • Aveia;
  • Frutas e legumes com casca
  • Broto de bambu
  • Acelga chinesa (bok choy)
  • Brócolis chinês
  • Lotus
  • Repolho chinês
  • Nozes
  • Escarola;
  • Espinafre;

Gases

Sabemos que os gases e ruídos são produzidos normalmente em nosso sistema digestivo. Ou seja, o fato de isso acontecer não implica em nenhum problema de saúde para você. Apesar disso, pode ser especialmente embaraçoso para o paciente colostomizado lidar com esses sintomas. Então, para diminuir a liberação de gases, você deve evitar (ou reduzir) o consumo de alguns alimentos. São eles:

  • Farinha branca;
  • Aspargos;
  • Repolho;
  • Bebidas com gás;
  • Leite, queijo e os outros laticínios de alta fermentação;
  • Cebola;
  • Alimentos muito condimentados;
  • Feijão
  • Peixes e frutos do mar.

Odor

Da mesma forma que os gases e o ruído, a presença de odor nas eliminações da colostomia é normal, esperada – e não representa nenhum problema de saúde. Mas também pode ser causa de incômodo, principalmente em situações de convívio social. Por isso, é importante conhecer os alimentos que causam odor nas fezes:

  • Ovos;
  • Cerveja;
  • Alguns e peixes e frutos do mar;
  • Bebidas gaseificadas/ refrigerantes;
  • Laticínios;
  • Alho;
  • Bebidas alcoólicas

Conclusão: com um ou outro pequeno ajuste, você pode ter uma dieta absolutamente normal, se tiver uma colostomia!

Agora você já conhece as orientações nutricionais para quem tem uma colostomia, é importante saber que você deve recorrer ao médico em caso de cólicas, diarreia ou náuseas.

Dado o recado, aproveite esse momento para recuperar as energias, pois você passou por uma cirurgia. E, claro, se procure se adaptar à nova rotina no seu ritmo.

Pode ser desafiante no início mas, você vai ver: logo você se acostuma.

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O começo do ano é aquela época em que todo mundo faz promessas e estabelece metas para os próximos doze meses. Começar a dieta, colocar as contas em dia, iniciar uma atividade física – tudo isso faz parte da lista de compromissos que assumimos todos os anos. De todas essas promessas, vamos conversar sobre uma muito especial, a prática de exercícios físicos.

Antes de mais nada: se você não lembrou de incluir a prática de uma atividade física entre as suas metas para o novo ano, está na hora de revisar a sua lista! Afinal, praticar exercícios é fundamental para manter ou melhorar a saúde, seja você ostomizado ou não.

Sou ostomizado. Posso praticar atividades físicas?

Se você acha que não pode praticar atividades físicas por ser ostomizado, pense diferente! Além de permitida, a prática de esportes por pacientes que se submeteram a uma ostomia deve ser incentivada.

O primeiro passo é discutir o assunto e conseguir a autorização de seu médico – o que normalmente acontece após a recuperação completa da cirurgia, com a cicatrização dos tecidos internos que foram operados**.** Segundo o ortopedista Dr. Marco Otani afirma na Folha de São Paulo, o período de recuperação da cirurgia é de seis meses, mas pode variar de um indivíduo para outro. Siga sempre a orientação do seu médico.

Resolvida essa etapa, é hora de começar a se exercitar. Mas, qual modalidade escolher?

A melhor atividade física

A melhor atividade física é aquela que dá mais satisfação a você. Seja na academia ou ao ar livre, praticada individualmente ou em grupo – se você tem prazer na atividade você vai pratica-la com regularidade, caso contrário fica bem mais difícil.

Se você já tinha o hábito de se exercitar antes da cirurgia, não há porque não retomar a prática esportiva que você já conhece e aprecia. Aproveite o momento da autorização para conversar com o seu médico a respeito.

Se você está começando, saiba que existem algumas modalidades que você deve evitar. Os esportes de contato, com maior impacto corporal precisam ser avaliados com cuidado se você é ostomizado. Há riscos de lesões, contusões e outros problemas, se o esporte incluir contato físico intenso ou pancadas. Assim, procure evitar:

  1. Lutas e outras artes marciais
  2. Futebol
  3. Basquete

A prática da musculação pode ser incluída na sua rotina, mas sempre com cuidado – procure ajuda de um profissional especializado. O esforço para movimentar cargas muito pesadas pode trazer complicações para a ostomia, como hérnias e prolapsos.

Aproveitando que faz calor nessa época do ano, saiba que as práticas que envolvem água, como a natação e a hidroginástica, estão liberadas.

Qualquer que seja a sua opção, procure incluir em seu programa atividades que contemplem todos os pilares do treinamento: força muscular, preparo cardiorrespiratório, flexibilidade e equilíbrio. Um profissional de educação física pode ajudar você nisso.

Comece aos poucos

Se o seu médico autorizou a prática de exercícios e você já escolheu a modalidade, é hora de calçar o tênis, ou colocar o maiô e começar!

O importante é começar aos poucos, sem exageros. Vários fatores podem contribuir para uma redução da sua massa magra e, com ela, uma perda da sua força muscular: sua doença de base, o impacto da própria cirurgia sobre o seu organismo, a cicatrização, etc**. Então comece com exercícios de intensidade bem leve, e aumente a intensidade e a duração dos exercícios de maneira gradual.** Assim, você dá tempo para seus músculos se recuperarem e garante que vai colher os benefícios da atividade física, sem correr os riscos de uma lesão.

Cuidado com a aderência da bolsa

Uma dica especial para os ostomizados esportistas é que a placa da bolsa deve estar sempre bem aderida ao corpo – a transpiração, a água da piscina e mesmo a movimentação do corpo podem precipitar algum incidente coma bolsa. É importante que você dedique tempo e atenção para fixar o dispositivo de maneira firme, pelo menos uma hora antes do início dos exercícios. Se precisar, invista num cinto ou numa faixa, para melhor fixação. Além disso, você pode aproveitar esse intervalo e esvaziar a bolsa antes de começar a se aquecer. Assim, você evita os riscos de vazamento.

Não se esqueça da hidratação

Correu, nadou, suou? Hidrate-se! Lembre-se que todos nós precisamos ingerir de seis a oito copos de água todos os dias. Com o calor e a atividade física, essa necessidade aumenta ainda mais. Especialmente para quem tem alguns tipos de ostomia, que apresentam maior propensão à desidratação.

Corpo são, mente sã

As atividades físicas são importantíssimas para todas as pessoas, com ou sem ostomia. Afinal, além de manter o corpo em forma, elas melhoram a autoestima e ajudam na integração social.

Agora você já sabe: ter uma ostomia não impede você de praticar exercícios. Então, você só precisa conversar com seu médico, selecionar sua modalidade e começar. Comece a cumprir a sua promessa ainda hoje e tenha um ano mais saudável!

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