Diabetes T1

Conheça a seguir alguns termos básicos relacionados ao diabetes tipo 1, dispositivos mais utilizados e onde buscar informações sobre o assunto. Confira!

O diabetes tipo 1 se caracteriza pelos níveis altos de glicose no sangue. Isso ocorre porque o organismo das pessoas com diabetes não tem a capacidade de controlar a taxa sanguínea de açúcar, conhecida como glicemia.

Atualmente, o diabetes tipo 1 responde por cerca de 10% dos casos de diabetes no mundo e acomete principalmente crianças e jovens. As causas são diferentes, mas o diagnóstico pode ser feito de forma semelhante.

A pessoa pode descobrir que tem diabetes tipo 1 a partir de um exame de sangue de rotina. Ou também, pode ter tido sintomas repentinos e graves que levaram a uma ida ao médico ou mesmo ao pronto-socorro.

De qualquer forma, receber o diagnóstico de diabetes pode ser assustador e é provável que neste caso você tenha muitas perguntas em mente. 

Acima de tudo, é preciso saber onde buscar informação confiável para responder a todas as dúvidas. 

Na maioria dos casos, os médicos, enfermeiros ou cuidadores são as melhores pessoas para perguntar sobre tratamento e rotinas para o treinamento inicial do diabetes.

Para ajudar você nesse momento do diagnóstico recente de diabetes tipo 1, vamos explicar alguns termos básicos, dispositivos mais utilizados e onde buscar informações sobre o assunto. Confira!

Conheça alguns termos básicos do diabetes

Sem dúvida, tanto para a pessoa com diagnóstico de diabetes, quanto para quem administra o tratamento de outra pessoa, é fundamental conhecer a linguagem e o universo em torno do diabetes. Então confira:

Glicemia : refere-se a quantidade de glicose/açúcar no sangue. Os não diabéticos devem apresentar valores de glicemia após o jejum (8-12 horas) entre 70 e 99 mg/dL. 

Verificar a GS ou a glicemia: fazer essa verificação é simples, basta usar um medidor de glicose no sangue e um lancetador para tirar uma gota de sangue e testá-la quanto ao teor de açúcar. Os diabéticos tipo 1 devem fazer isso regularmente para ver se o açúcar no sangue está dentro dos limites.

Hipoglicemia : também conhecida como hipo ou baixa, a hipoglicemia ocorre quando o corpo não tem açúcar suficiente para funcionar adequadamente. 

Hiperglicemia : também conhecida como alta ou hiper, a hiperglicemia ocorre quando há muito açúcar no sangue. 

Glucagon : é um hormônio contrarregulador da insulina, isto é, tem um efeito contrário ao dela. Pode ser usado como tratamento de emergência administrado por via nasal ou injetável, com ação rápida e segura no tratamento da hipoglicemia. 

Insulina : o hormônio que nosso corpo produz para armazenar o açúcar, derivado dos alimentos, no interior das células, onde será aproveitado para gerar energia. Diabéticos tipo 1 não produzem insulina, por isso, eles devem recebê-la de forma artificial para manter o funcionamento dos tecidos e órgãos.

Contagem de carboidratos: conhecer as contagens de carboidratos em uma determinada porção de alimento é essencial. Em última análise, esse método prega que os diabéticos tipo 1 injetem uma certa quantidade de insulina conforme a quantidade de carboidratos que ingerem.

Valores aproximados de referência dos níveis de glicemia

  • Hipoglicemia: igual ou inferior a 70 mg/dL
  • Normal: Entre 70 e 140 mg/dL
  • Hiperglicemia: igual ou superior a 140 mg/dL.

Conheça os dispositivos utilizados no tratamento

Medidor: esse é um medidor de glicose no sangue, também conhecido como glicosímetro. Os medidores são usados ​​para testar o sangue e vêm com um dispositivo de punção para picar um dedo.
Os glicosímetros estão disponíveis em várias marcas e seu uso deve ser orientado pelo médico, que indicará a frequência de medições da glicemia. 

CGM (Monitor Contínuo de Glicose): este dispositivo é acoplado ao corpo e monitora o açúcar no sangue 24 horas por dia e indica tendências. 

Bomba de Insulina: este dispositivo está conectado ao corpo e fornece insulina constantemente ao usuário.

Saiba como o diabetes pode afetar o humor

É normal que o humor da pessoa com diabetes possa ser afetado pelos níveis de açúcar no sangue, altos ou baixos. Confira alguns sintomas de oscilação de humor:

  • Sintomas relacionados à hiperglicemia (glicose alta no sangue):  náusea, suspiros profundos, confusão, pele vermelha e quente, sonolência, irritação;
  • Sintomas de hipoglicemia (glicose baixa no sangue):  pele trêmula, pálida e suada, dor de cabeça, fome, fraqueza, tremores, retraimento.

Saiba onde buscar informações sobre diabetes

Para saber tudo que precisa sobre o assunto, busque informações em sites como da Sociedade Brasileira de Diabetes ou do Sistema Único de Saúde (SUS). Além, claro, da TIPO 1, onde é possível acessar conteúdos relevantes e atuais relacionados ao tema diabetes.

Ao buscar informações, você descobrirá como equilibrar insulina, alimentação e atividade física e obterá dicas sobre como lidar com o lado emocional de quem vive com diabetes. 

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Entenda como o diabetes tipo 1 pode afetar o sono e confira algumas dicas para ter uma noite de sono profunda e revigorante.

A insônia ou dificuldade para dormir é um problema que pode atingir qualquer pessoa. Quem já passou por isso, conhece os desagradáveis efeitos de uma noite de sono ruim, como dores no corpo, cansaço, sonolência e irritabilidade.

Ter uma boa noite de sono é essencial para o funcionamento pleno do organismo e, para a pessoa com diabetes, pode ajudar no controle da glicose no sangue, bem como na manutenção da saúde em geral. 

Segundo pesquisas do Programa de Distúrbios do Sono do Louis Stokes Cleveland VA Medical Center, os médicos estimam que 40 a 50% das pessoas com diabetes se queixam de sono insatisfatório. 

Pensando nisso, selecionamos alguns fatores para você observar, na sua rotina e da sua família. Além de dicas para você melhorar as chances de ter noites de sono revigorantes, principalmente se você ou seu filho tiver diabetes Tipo 1.

Distúrbios do sono mais comuns

Conheça alguns dos distúrbios do sono mais comuns que você pode enfrentar e alguns conselhos básicos sobre como manter um sono saudável.

Apnéia do sono

A apneia do sono ocorre quando a pessoa apresenta pausas nos movimentos respiratórios, de forma breve porém repetida, durante o sono. Como consequência, a pessoa acaba não conseguindo atingir estados de sono mais profundos. 

Em geral, os sinais de apneia do sono incluem:

  • Ronco noturno excessivo, eventualmente com pausas respiratórias que podem ser percebidas por quem estiver próximo;
  • Sonolência diurna excessiva.

Confira os dois tipos de apnéia do sono:

Apneia obstrutiva do sono

Mais comum entre pessoas que estão acima do peso, a Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe (garganta). Esse distúrbio ocorre enquanto a pessoa está dormindo e roncando. Durante a crise, em geral, a pessoa pára de roncar devido ao bloqueio da passagem de ar pela faringe.

A repetição desses episódios de apneia obstrutiva do sono tem como consequência a menor oxigenação do sangue, o que pode causar danos ao organismo, principalmente, para quem tem doenças como a diabetes.

Apnéia central do sono

De ocorrência mais rara que o tipo anterior, a apneia do sono de causa central é um distúrbio que ocorre quando a respiração da pessoa pára repentinamente e de forma recorrente, porque o cérebro não consegue enviar devidamente sinais aos músculos que controlam a respiração. 

Relação com a diabetes tipo 2 e tipo 1

A pesquisa científica já comprovou uma correlação entre diabetes tipo 2, obesidade, e risco aumentado de apneia obstrutiva do sono.

Além disso, alguns estudos encontraram uma frequência importante de apneia obstrutiva do sono em até 30% dos adultos com diabetes tipo 1. Nesse caso, a maioria das pessoas testadas mantinha um peso normal e um índice de massa corporal saudável. 

Por isso, é importante lembrar que, se o seu sono anda ruim, ou se você vem tendo problemas para controlar o açúcar no sangue, as duas situações podem estar relacionadas.

Saiba o que fazer

A apneia do sono, quando diagnosticada, pode ser tratada com o uso de dispositivos de respiração colocados na boca, para serem usados ​​à noite, ou ainda com um aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas para auxiliar na respiração. 

Esses aparelhos são muito úteis para quem sofre de apneia, pois introduzem pequenas quantidades de ar nas vias respiratórias para evitar o colabamento das paredes da garganta e, assim, impedir que a respiração cesse quando a pessoa dormir. 

A princípio, esses aparelhos podem parecer um pouco complicados, mas essa é só a primeira impressão. O uso desse tipo de auxílio resulta em um sono mais tranquilo e com mais qualidade.

Lembre-se, se você está sofrendo com algum desses distúrbios, o primeiro passo é conversar com seu médico para fazer a investigação da forma correta. Caso seja seu filho que esteja com problemas para dormir, consulte o pediatra. 

Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas (SPI) é um distúrbio do sono caracterizado por uma sensação desagradável de formigamento ou dor nas pernas durante o sono ou descanso.

Em geral, a pessoa se sente bem durante o dia quando está em movimento, mas, assim que se acomoda para descansar, uma necessidade incontrolável de mover as pernas o envolve. 

Poucas pessoas sabem, mas essa síndrome pode ser causada por altos níveis de glicose no sangue, distúrbios da tireoide e problemas renais. Além disso, é uma complicação comum do sono para pessoas com diabetes.

Saiba o que fazer

Não existe um diagnóstico simples para a síndrome das pernas inquietas, por isso, os médicos precisam considerar os sintomas do paciente para tentar diagnosticar assertivamente. 

Após o diagnóstico, se a necessidade de mover as pernas não desaparecerem com as medidas indicadas a seguir, ou se houver dor ou formigamento constante, a pessoa pode estar lidando com um problema nos nervos periféricos (neuropatia). 

Confira algumas recomendações para evitar a SPI:

  • A atividade física regular pode ajudar a regular o sono;
  • Se você é fumante, pare de fumar, o tabaco é uma das causas;
  • Reduza o nível de cafeína e evite estimulantes;
  • Compressas quentes ou frias, massagens nas pernas e alongamento antes de dormir também podem proporcionar algum alívio.
  • Existem medicamentos que os médicos prescrevem para tratar a SPI, converse com seu médico sobre as opções.

Convulsões noturnas

Segundo estudos, estima-se que 75% das convulsões em pessoas com diabetes ocorrem durante à noite, em geral, causadas por níveis muito baixos de açúcar. 

Se você tem diabetes, muitas vezes pode perceber os sinais de alerta de uma queda repentina do açúcar no sangue quando está acordado, mas é mais difícil sentir esse alerta durante o sono.

Nestes casos, aparelhos de monitoramento constante dos níveis de glicose podem ajudar a reduzir o risco de convulsões em pessoas com diabetes. 

7 Dicas para ter um sono saudável

Independente se os problemas de sono estejam relacionados à diabetes ou a outros fatores, as pessoas em geral se beneficiam de uma noite de sono saudável. 

Para ajudar você a dormir bem, selecionamos 7 dicas para garantir que esteja fazendo todo o possível para ter uma noite de sono revigorante. Veja a seguir:

  1. Siga uma rotina: tente ir para a cama na mesma hora todas as noites e acorde na mesma hora todas as manhãs. O organismo segue um ritmo e quando interrompido, pode levar a um sono insatisfatório.
    Cada pessoa deve dormir entre 7 e 9 horas por dia para garantir uma boa saúde.
  2. Faça atividades físicas : a prática de exercícios é essencial para a saúde e traz inúmeros benefícios, como ajudar a diminuir o estresse e ansiedade, causas comuns dos distúrbios do sono, por dificultarem o relaxamento do corpo e da mente.
  3. Evite estimulantes: beber cafeína, fazer exercícios, fumar, fazer tarefas domésticas ou trabalhar muito perto da hora de dormir pode dificultar o sono.
  4. Fique longe das telas: procure manter distância dos aparelhos eletrônicos ao menos uma hora antes de dormir. O organismo processa a luz das telas da mesma forma que processa a luz do sol, dessa forma, a pessoa pode estar enganando seu cérebro fazendo-a pensar que é de manhã, não de noite. Em vez disso, leia um livro ou revista.
  5. Prepare um ambiente agradável: cuidar da iluminação, ventilação e até mesmo da acústica do quarto fazem a diferença na hora de dormir. Evite assistir televisão, comer ou levar seu computador para a cama, esses hábitos prejudicam o sono, pois o cérebro deve associar a cama somente com o hábito de dormir. Assim, quando você se deitar, seu corpo entenderá que está na hora de dormir profundamente.
  6. Não fique virando na cama: ficar virando de um lado para o outro na cama, torcendo para dormir, só faz com que a ansiedade aumente e o sono fique mais distante. Neste caso, a dica é levantar e fazer alguma atividade para distrair o cérebro, por exemplo, ler um livro.
  7. Prefira alimentos leves à noite: ingerir alimentos leves no jantar é essencial para evitar a insônia. O ideal é  alimentar-se até duas horas antes de dormir e optar por alimentos saudáveis. Consumir café, chocolate, refrigerante, massa e energéticos podem tirar o sono.

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Saiba como se preparar para uma consulta médica para esclarecer todas as dúvidas necessárias sobre a sua saúde e o Diabetes Tipo1.

Sem dúvida, a melhor forma de manter qualquer doença sob controle, como o Diabetes Tipo 1, e assim evitar complicações, é ir ao médico sempre que necessário.

Além disso, realizar o acompanhamento frequente da sua saúde poderá fazer toda a diferença na sua qualidade de vida. Afinal, ao detectar uma doença em estágio inicial, as chances de cura ou controle aumentam muito.

Portanto, para cuidar da sua saúde e da sua família, é essencial manter o acompanhamento com o médico e controlar os riscos e problemas de saúde como, por exemplo, os níveis de glicose no sangue. Por isso, selecionamos algumas dicas para você se preparar para a consulta médica da melhor forma e esclarecer todas as dúvidas para ficar tranquilo sobre a sua saúde e da sua família. Confira a seguir!

1. Faça uma lista de sintomas

Antes de ir ao médico, pense nos motivos de estar indo até lá. Faça uma lista de sintomas que estão incomodando você para serem avaliados durante a consulta.

O ideal é anotar a data aproximada de quando os sintomas começaram, o local do sintoma, as situações que o agravam e aliviam, a sua duração e outros fatores que podem estar associados.

Além disso, é importante levar as seguintes informações:

  • Problemas de saúde que você tem ou já teve
  • Medicações em uso, incluindo pomadas e medicações fitoterápicas

2. Anote todas as suas dúvidas

Anote antecipadamente em um caderno ou no próprio celular suas principais dúvidas sobre sua saúde. Nem sempre é possível perguntar tudo, mas você pode priorizar alguns assuntos.

Com essas anotações em mãos, você já saberá quais perguntas fazer para o médico, em seguida, basta anotar as respostas durante, ou logo após, o atendimento. Com certeza, isso deixará a consulta mais objetiva e satisfatória.

3. Leve seu diário de glicemia

Se a consulta médica tiver o objetivo de avaliar seus níveis de glicemia, o médico precisa ter dados sobre sua glicemia, insulina, quantidade de carboidratos ingerida por dia, rotina de exercícios, entre outras informações.

Quanto mais informações você tiver, melhor será a análise que o médico poderá fazer sobre a sua saúde e, assim, mais possibilidades ele terá de ajudar você a se manter saudável.

4. Reúna seus exames recentes

Leve na consulta todos os exames solicitados pelo médico, e também avaliações de outros médicos que tenha se consultado recentemente.  Por exemplo, uma avaliação do oftalmologista com seu exame de fundo de olho pode ser útil para uma consulta no clínico geral.

5. Não omita informações

Ao consultar um médico nunca minta e nem omita informações, mesmo sobre o que você sabe que não deveria estar fazendo, como fumar ou consumir álcool. Todas as informações são relevantes para discutir de forma verdadeira a situação da sua saúde.

Não fique constrangido de contar algo fora do comum, como sintomas que estão incomodando ou reações aos medicamentos. Lembre-se, todas as informações da consulta estão sob sigilo médico. E o médico precisa de todas elas para raciocinar corretamente sobre o seu caso.

6. Conheça seu histórico familiar

Antes da consulta, é importante se informar sobre eventuais doenças na família, como diabetes tipo 1, principalmente em parentes de primeiro grau, pois algumas doenças têm o padrão de acometer familiares.

Por exemplo, diabetes, hipertensão, alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino, e outras doenças têm uma alta incidência em pessoas com histórico familiar. Por isso, nestes casos é preciso fazer acompanhamento.

7. Use roupas confortáveis

Se possível, na consulta médica, use roupas confortáveis e fáceis de retirar, caso seja necessário trocá-las ou tirar alguma peça para realizar o exame físico.

Em alguns casos, o uso de roupas muito apertadas pode dificultar ou alterar o resultado de alguns procedimentos, como medir a pressão.

8. Esclareça todas as dúvidas

Antes de terminar a consulta, tire todas as dúvidas sobre as medicações, exames e tratamentos solicitados pelo médico. Dessa forma, você terá mais consciência sobre os cuidados com a sua saúde.

Além disso, se achar necessário, peça ao médico para explicar algum termo que você não entendeu para certificar-se do que significa.

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