19/10/2023

Aquele exame que toda mulher deve fazer quando vai à sua consulta de rotina com o ginecologista é chamado de exame preventivo, ou papanicolaou (em homenagem ao médico grego que desenvolveu esse exame, no começo do século XX, nos Estados Unidos).

O papanicolau pode ajudar a prevenir o câncer do colo do útero e detectá-lo precocemente. Ao procurar lesões pré-cancerosas (alterações celulares no colo do útero), identifica aquelas que podem se tornar câncer do colo do útero se não forem tratadas adequadamente.

A coleta normalmente é feita em um consultório médico ou clínica. Durante o teste de Papanicolau, o médico usará um instrumento de plástico ou metal, chamado espéculo, para examinar o interior da vagina. Isso ajuda o médico a examinar a vagina e o colo do útero e coletar algumas células e muco do colo do útero e da área ao redor. Após a coleta, as células são enviadas para um laboratório.

Se você estiver fazendo um teste de Papanicolau, as células serão verificadas para ver se parecem normais.

O que são lesoes pré-cancerosas

Quando há células cervicais que parecem anormais, mas ainda não são cancerígenas, isso é chamado de lesão pré-cancerosa. Essas células anormais podem ser o primeiro sinal de um câncer que se desenvolveria anos depois. O pré-câncer cervical geralmente não causa dor ou outros sintomas e é encontrado com um exame de Papanicolau.

Quando fazer o exame, segundo o CDC americano

Idealmente, a mulher deve começar a fazer exames de Papanicolaou aos 21 anos. Se o resultado do exame de Papanicolau for normal, o médico pode recomendar esperar três anos até o próximo exame de Papanicolau. Essa rotina é válida até os 29 anos.

Agora, mulherees de 30 a 65 anos, devem conversar com seu médico sobre qual opção de teste é ideal:

  • Apenas um teste de rastreamento, chamado de teste primário de HPV. Se o seu resultado for normal, o médico pode dizer para esperar cinco anos até ao próximo teste.
  • Um teste de HPV junto com o teste de Papanicolau. Isso é chamado de co-teste. Se ambos os resultados forem normais, o médico pode recomendar que a paciente espere cinco anos até o próximo teste de triagem.
  • Um teste de Papanicolaou apenas. Se o resultado for normal, o médico pode orientar esperar três anos até o próximo exame de Papanicolau.

Por fim, mulheres com mais de 65 anos, podem não precisar mais realizar o exame, se:

  • Tiveram resultados de testes de triagem normais por vários anos e
  • Não tiveram um pré-câncer cervical no passado, ou
  • Tiveram seu colo do útero removido como parte de uma histerectomia total para condições não cancerosas, como miomas.

Como se preparar para o seu Papanicolau ou teste de HPV

Nenhuma preparação especial é necessária antes de fazer um teste de HPV. Se você estiver fazendo um teste de Papanicolau, poderá tomar medidas para garantir que os resultados do teste sejam precisos. Evite relações sexuais, ducha higiênica e uso de medicamentos vaginais ou espuma espermicida por 2 dias antes do teste. Se você teve relações sexuais antes do teste, vá à consulta conforme planejado e avise o médico. Se você está menstruada, não se preocupe. Ambos os testes ainda podem ser feitos neste momento.

Resultado do teste

Pode levar até três semanas para você receber os resultados do teste. Se o seu teste mostrar que algo não está normal, seu médico entrará em contato com você e descobrirá a melhor forma de acompanhamento. Existem muitas razões pelas quais os resultados dos testes podem não ser normais e, geralmente, isso não significa que você tem câncer.

Se os resultados do seu teste mostrarem células que não são normais e podem se tornar câncer, seu médico o informará se você precisa ser tratada. Na maioria dos casos, o tratamento previne o desenvolvimento do câncer cervical. É importante consultar o seu médico imediatamente para saber mais sobre os resultados dos seus testes e receber qualquer tratamento que possa ser necessário.

Se os resultados do seu teste forem normais, sua chance de contrair câncer cervical nos próximos anos é muito baixa.

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Um aspecto particularmente preocupante quando estamos diante de alguém com um quadro mais grave de depressão é o risco de suicídio. Esse é um tema difícil, sobre o qual precisamos falar.

O suicídio tem muitas causas, que interagem de forma complexa, e pode afetar indivíduos de todas as idades, gêneros, classes sociais e orientações sexuais.

Diversas situações, que podem ser enfrentadas por qualquer um de nós, podem servir como gatilho, quando a pessoa está predisposta: perder o emprego, sofrer discriminação, ser vítima de agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dor ou deficiência, entre outros.

Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo ser o primeiro e mais importante passo. Por isso, fique atento aos sinais de alerta, e procure ajuda, para você ou para quem você ama.

Sinais de Alerta

A lista a seguir foi preparada pelo Ministério da Saúde. Antes de tudo, observe que não existe uma lista de critérios, uma “receita de bolo” para detectar com certeza quando uma pessoa está em crise suicida. Ainda assim, o ser humano em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de quem está próximo, especialmente se muitos dos sinais a seguir se manifestam ao mesmo tempo.

  1. O aparecimento ou a piora de problemas de comportamento ou de manifestações verbais (faladas) durante pelo menos duas semanas.  Atenção, essas situações não devem ser interpretadas como ameaças ou chantagem emocional, mas sim como um alerta para um risco real.
  2. Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.  As pessoas sob risco de suicídio frequentemente falam sobre morte ou suicídio. Além disso, confessam estar sem esperança, com baixa autoestima, se sentem culpadas e têm uma visão negativa de sua vida. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
  3. Expressão de ideias ou de intenções suicidas . É importante estar atento a falas e comentários como a seguir: “Vou desaparecer.” “Vou deixar vocês em paz.” “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.” “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
  4. Isolamento.  As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, deixando de atender o telefone, abandonando as redes sociais, fechando-se em casa ou no quarto.

O que fazer?

O pensamento de querer acabar com a própria vida pode ser insuportável. Por isso, é esperado que a pessoa, muitas vezes, não saiba o que fazer, ou como superar esses sentimentos. Essa é a hora de pedir ajuda!

É muito importante conversar com alguém de sua confiança. Não hesite em pedir ajuda, você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a entrar em contato com os serviços de suporte.

Quando você pede ajuda, você tem o direito de:

  • Ser escutado
  • Falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação
  • Ser respeitado e levado a sério
  • Ter o seu sofrimento levado em consideração
  • Ser encorajado a se recuperar.

Onde buscar ajuda

  • CVV – Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).
  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde)
  • Pronto-socorros e Pronto-atendimentos
  • SAMU 192

Centro de Valorização da Vida – CVV

O CVV – Centro de Valorização da Vida fornece apoio emocional para as pessoas, com foco na prevenção do suicídio. O atendimento é gratuito e voluntário, e funciona 24 horas, todos os dias do ano.

Atualmente o CVV dá atendimento por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação é gratuita, a partir de qualquer linha fixa ou celular.

Se você acha que está diante de alguém em risco de suicídio

Encontre um momento adequado para falar sobre suicídio com essa pessoa.

Deixe-a saber que você está lá para ouvir, com atenção e sem julgamentos. Ofereça ajuda.

Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de saúde mental, inclusive no pronto-socorro, se for o caso. Ofereça-se para acompanhá-la.

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de saúde, de um pronto-socorro ou ligue para o SAMU 192. Se for o caso, entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa em risco.

Se a pessoa em risco mora com você, procure garantir que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte ou se machucar em casa. Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

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