03/04/2023

O abuso contra pessoas idosas é um problema muito grave que, segundo se estima, pode acontecer com até 10% das pessoas idosas, em todo o mundo. Apesar de grave e bastante comum, esse é na verdade um assunto pouco discutido.

Por esse motivo, em 2011, a ONU estabeleceu uma data, o dia 15 de junho todos os anos, como o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a pessoa idosa. É a data em que o mundo todo manifesta a sua oposição aos abusos e violências impostos contra as pessoas mais velhas.

O abuso contra essas pessoas pode acontecer de várias formas:

  • A negligência, mais comum, acontece quando os responsáveis pelo idoso deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde ou proteção contra o frio ou o calor.
  • Já o abandono, também bastante comum, acontece quando há ausência ou omissão dos familiares ou responsáveis, governamentais ou institucionais, de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção. Pode ser considerado uma forma extrema de negligência.
  • A violência física, que se dá quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte.
  • A violência psicológica ou emocional inclui situações como xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedade ou impedimento de que vejam amigos e familiares.
  • A violência financeira ou material, que é a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou o uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.

Mitos sobre o abuso contra pessoas idosas

Como muitos assuntos que são tabus, a violência contra pessoas de 60 anos ou mais está repleta de mitos. É importante revelar a verdade sobre cada um desses mitos comuns, também como forma de conscientização das pessoas sobre o tema.

Com esse objetivo, a Socidade Brasileira de Geriatria e Gerontologia divulgou uma lista de seis mitos relacionados ao assunto, que vale a pena conhecer:

  • Mito: a maioria dos casos de violência contra idosos acontece em instituições de longa permanência . Fato: isso não é verdade, a maior parte dos casos acontece em casa, praticada por familiares e pessoas próximas.
  • Mito: é fácil perceber quando um idoso está sendo abusado fisicamente . Fato: se algumas formas de violência, como chacoalhões e puxões de cabelo podem ser invisíveis, roxos na pele e outras marcas podem ser facilmente confundidos com lesões de pele ou resultado de quedas, ambos problemas comuns entre as pessoas dessa idade.
  • Mito: idosos com boa escolaridade não são facilmente enganados por golpistas . Fato: golpes contra essas pessoas são muito comuns, mesmo entre os mais capazes e instruídos – falsas ligações, falsos prestadores de serviços, pessoas que aparecem na porta de casa etc.
  • Mito: se o idoso nega o abuso, é porque não está acontecendo . Fato: motivos como medo de expor um familiar (que pratica a violência), vergonha e até mesmo culpa fazem com que muitos idosos mintam ou omitam ser vítimas de abuso.
  • Mito: a violência contra idosos é rara . Fato: infelizente, os abusos contra essas pessoas são muito comuns, podendo ocorrer em até 10% da população dessa faixa etária, nos Estados Unidos.
  • Mito: cuidadores somente são violentos se estiverem sob estresse . Fato: o trabalho do cuidador é realmente muito estressante. Mas isso não o isenta de responsabilidades, e mesmo de culpa, caso acabe praticando abusos contra uma pessoa idosa.

O que fazer ao desconfiar que um idoso pode estar sendo vítima de abuso

Apesar de muito comum, o abuso de pessoas idosas pode ser difícil de identificar. Por isso, preparamos essa lista de indícios de que o problema pode estar ocorrendo. Esteja atento se a pessoa idosa:

  • parecer deprimida, confusa ou largada
  • estiver isolada dos amigos e da família
  • apresentar lesões não explicadas, como arranhões, queimaduras ou cicatrizes
  • estiver suja, mal alimentada, desidratada, ou ainda mal medicada (tendo recebido uma dose maior ou menor do que o habitual de algum medicamento)
  • tiver escaras de decúbito (feridas na pele que acometem pessoas idosas acamadas que não são mobilizadas adequadamente)
  • apresentar alterações nos padrões de gastos ou mudanças significativas no saldo bancário

Então, se você desconfiar de abuso em função de uma ou mais das situações descritas, denuncie. Você pode:

– contatar uma unidade municipal de saúde próxima

– contatar uma delegacia

– ligar para o Disque 100 (Direitos Humanos)

– ligar para 190: Policia Militar (para situações de risco eminente).


Leia mais

As pessoas idosas devem fazer algum tipo de atividade física todos os dias. Esse hábito pode ajudar a melhorar sua saúde e reduzir o risco de problemas, como doenças cardíacas e derrame (AVC).

Antes de mais nada, converse com um médico, se você não se exercita há algum tempo ou se tem problemas de saúde. Procure ter certeza que a atividade e intensidade qe você escolheu são apropriadas para o seu nível de condicionamento físico.

Pessoas com 65 anos ou mais devem:

  • procurar ser fisicamente ativas todos os dias, mesmo que seja apenas uma atividade leve
  • fazer atividades que melhorem a força, o equilíbrio e a flexibilidade pelo menos 2 dias por semana
  • fazer pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa (se a pessoa já for ativa)
  • reduzir o tempo gasto sentado ou deitado e interromper longos períodos sem se mover com alguma atividade

O que é atividade física de intensidade leve?

A atividade leve é mover-se em vez de sentar ou deitar. Exemplos de atividade leve incluem:

  • levantar para fazer uma xícara de chá
  • caminhar em volta de sua casa
  • caminhar em ritmo lento
  • aspirar o pó
  • arrumar a cama

O que é atividade física de intensidade moderada?

A atividade de intensidade moderada aumentará sua frequência cardíaca e fará com que você respire mais rápido e se sinta mais aquecido. Uma maneira de saber se você está trabalhando em um nível de intensidade moderada é se ainda consegue falar, mas não cantar.

Exemplos de atividades de intensidade moderada incluem:

  • caminhada acelerada
  • hidroginástica
  • andar de bicicleta
  • dançar
  • tênis em dupla
  • cortar a grama

O que conta como atividade de intensidade vigorosa?

Atividade de intensidade vigorosa faz você respirar forte e rápido. Se você estiver trabalhando neste nível, não será capaz de dizer mais do que algumas palavras sem parar para respirar.

Em geral, 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa por semana podem proporcionar benefícios de saúde semelhantes a 150 minutos de atividade de intensidade moderada. A maioria das atividades de intensidade moderada pode se tornar vigorosa se você aumentar seu esforço. Exemplos de atividades vigorosas incluem:

  • correr
  • caminhada em subidas
  • ginástica aeróbica
  • natação
  • andar de bicicleta rápido ou em subidas
  • tênis individual
  • futebol
  • artes marciais

Quais são as atividades que fortalecem os músculos?

Para obter benefícios dos exercícios de força, você deve fazê-los até o ponto em que precise de um breve descanso antes de repetir a atividade. Existem muitas maneiras de fortalecer seus músculos, seja em casa ou na academia. Exemplos de atividades de fortalecimento muscular incluem:

  • carregar sacolas de compras pesadas
  • ioga
  • pilates
  • musculação
  • exercícios com elásticos
  • exercícios com o próprio peso corporal, como flexões e abdominais
  • jardinagem pesada, como cavar e trabalhar com pá

O ideal é você combinar os diferentes tipos de atividade (aeróbica e de fortalecimento). Você pode fazer atividades de fortalecimento no mesmo dia ou em dias diferentes da sua atividade aeróbica – o que funcionar melhor para você. O único ponto de atenção é que os exercícios de fortalecimento nem sempre são uma atividade aeróbica, então você precisará fazê-los além dos 150 minutos de atividade aeróbica toda semana.

Leia mais

O Brasil está envelhecendo… e rápido. Os avanços da tecnologia médica e as melhores condições de vida (maior acesso a serviços médicos, melhor cobertura de saneamento básico e maior renda) têm feito um número cada vez maior de pessoas viver por mais tempo. Para se ter uma ideia, os idosos já são quase 30 milhões de pessoas no Brasil (15% da população). Segundo o IBGE, a expectativa de vida em nosso país já supera os 77 anos!

É claro que, à medida que cresce o número do idosos no Brasil, aumentam também as necessidades de cuidados e proteção às pessoas dessa faixa etária. E, entre todas as preocupações que temos com essa população, uma nos toca em especial – os cuidados com a saúde e a alimentação. Dois assuntos super importantes!

Nesse sentido, o Ministério da Saúde revisou recentemente o seu guia de alimentação saudável para idosos e, por isso, vamos apresentar os principais pontos desse documento. São 10 dicas simples, mas muito valiosas, no sentido de prevenir a desnutrição e ajudar a manter a saúde das pessoas idosas. Confira:

  1. A pessoa deve fazer três grandes refeições ao dia – o café, o almoço e o jantar. Sempre com alimentos frescos e saudáveis, de preferência em locais limpos e tranquilos. Caso sinta a necessidade, a pessoa pode fazer outras refeições, menores, entre as três principais.
  2. O cardápio deve priorizar alimentos naturais, e grãos integrais. Alimentos como arroz, milho, batata e mandioca são fontes importantes de energia e, por isso, devem ser a base da alimentação.
  3. Legumes, verduras e frutas são ricos em vitaminas, minerais e fibras. Por esse motivo, devem ser consumidos todos os dias. As fibras são muito importantes para ajudar no bom funcionamento do intestino, prevenindo um problema comum entre os mais velhos, que é a constipação, ou “intestino preso”.
  4. A dupla mais famosa do Brasil, o feijão com arroz, é uma combinação saudável e nutritiva, e pode ser usada como a base para a alimentação. A principal indicação é que sejam consumidos no almoço e no jantar. Se você puder, dê preferência ao arroz integral e escolha um dos muitos feijões (preto, manteiga, carioquinha, verde, de corda, branco etc.) ou leguminosas, como soja, grão-de-bico, ervilha, lentilha ou fava.
  5. Carnes, aves, peixes, ovos e leite são as fontes de proteína mais importantes. Além da proteína, esses alimentos são ricos em cálcio e outros minerais. Por isso, devem ser consumidos todos os dias, no mínimo em uma das grandes refeições.
  6. Cuidado com as gorduras. Retire a gordura aparente das carnes e a pele das aves e procure usar uma pequena quantidade de óleo ou gordura para preparar os alimentos. Além disso, lembre-se de manter o uso de sal e açúcar na menor quantidade possível, quando estiver cozinhando.
  7. Procure ingerir líquidos o dia todo, mesmo se não estiver com sede, principalmente nos dias mais quentes. De preferência, beba água. E lembre-se de evitar as bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos industrializados – eles não são substitutos para a água que você deve beber.
  8. Existem alguns alimentos que você deve evitar. Se for ingeri-los, que seja uma vez ou outra, apenas:
    • bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos e chás industrializados
    • produtos ultraprocessados, como biscoitos recheados, guloseimas, ‘salgadinhos’
    • sopa e macarrão ‘instantâneos’
    • ‘tempero pronto’
    • embutidos, como presunto, mortadela, salame e salsicha
    • alimentos prontos para aquecer
  9. Aprenda a ler os rótulos dos alimentos industrializados. Assim, você começa a entender como cada um deles pode afetar a sua saúde: a quantidade de sal, de açúcares, de gordura saturada etc.
  10. Se você puder, faça as suas refeições acompanhado. Ter alguém com você enquanto você se alimenta melhora a atenção com os alimentos, aumenta o prazer da refeição e ajuda o apetite.
Leia mais

A vacina contra o HPV pode ajudar a prevenir o câncer de colo de útero. E isso é muito importante, porque atualmente, sabemos que a infecção pelo HPV exerce um papel importante (embora não completamente conhecido) no desenvolvimento da doença.

Qual a idade para receber a vacina contra o HPV?

  • 1ª dose – 11 a 12 anos (pode começar aos 9 anos)
  • 2ª dose – 6 a 12 meses após a primeira dose

Crianças de 11 a 12 anos devem receber duas doses da vacina contra o HPV, com intervalo de 6 a 12 meses. A idade mínima para a aplicação da vacina contra o HPV é de 9 anos de idade.

Se a vacinação contra o HPV começar a partir dos 15 anos, são necessárias três doses, administradas durante 6 meses.

Se seu filho adolescente ainda não foi vacinado, converse com o médico sobre como fazê-lo o mais rápido possível. A proteção antecipada funciona melhor. É por isso que a vacina contra o HPV é recomendada mais cedo ou mais tarde. Ele protege seu filho muito antes de ele ter contato com o vírus.

Adolescentes e jovens também devem ser vacinados

Todas as pessoas com até 26 anos de idade devem receber a vacina contra o HPV, mas a vacinação contra o HPV não é recomendada para todas as pessoas com idade superior a essa

Alguns adultos de 27 a 45 anos que ainda não foram vacinados podem optar por receber a vacina contra o HPV depois de falar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os possíveis benefícios da vacinação para eles. A vacinação contra o HPV em adultos oferece menos benefícios, porque mais pessoas nessa faixa etária já foram expostas ao HPV.

Já existem estudos demonstrando que a vacinação contra o HPV, ao prevenir infecções causadoras de câncer e lesões pré-cancerosas, fez com que o número de casos de câncer de colo de útero caísse desde 2006, quando as vacinas contra o HPV foram usadas pela primeira vez nos Estados Unidos. Entre as adolescentes, as infecções com tipos de HPV que causam a maioria dos cânceres de HPV e verrugas genitais caíram 88%. Entre as mulheres adultas jovens, as infecções com tipos de HPV que causam a maioria dos cânceres de HPV e verrugas genitais caíram 81 por cento. E, finalmente, entre as mulheres vacinadas, a porcentagem de lesões cervicais pré-cancerosas causados pelos tipos de HPV mais frequentes caiu 40%.

A vacinação contra o HPV é muito segura.

Mais de 15 anos de monitoramento mostraram que as vacinas contra o HPV são muito seguras e eficazes. Como acontece com todas as vacinas, os cientistas continuam monitorando esse produto para garantir que seja seguro e eficaz.

Como qualquer vacina ou medicamento, as vacinas contra o HPV podem ter efeitos colaterais. Os efeitos colaterais mais comuns são leves e incluem:

  • Dor, vermelhidão ou inchaço no braço onde a injeção foi aplicada
  • Tontura ou desmaio (desmaio após qualquer vacinação, incluindo a vacina contra o HPV, é mais comum entre os adolescentes)
  • Náusea
  • Dor de cabeça

E, claro, os benefícios da vacinação contra o HPV superam em muito o risco de possíveis efeitos colaterais, que dificilmente serão graves.

Leia mais