Publicações da editoria

Atualmente temos uma grande variedade de técnicas e produtos para o cuidado da ostomia. Mas a ostomia já percorreu um longo caminho, desde a primeira colostomia realizada, há mais de 200 anos. Vamos conhecer a seguir a história do procedimento que salva tantas vidas atualmente!

Os primeiros registros da cirurgia de ostomia

A primeira cirurgia de ostomia registrada na literatura médica foi datada em meados de 1750. Mas foi apenas entre os séculos XIX e XX que o tratamento cirúrgico de diversas condições por meio das ostomias teve avanços mais significativos.

Da primeira colostomia realizada, outras cirurgias foram sendo tecnicamente possíveis, como a primeira ileostomia definitiva em uma jovem que sofria de colite ulcerativa, em 1943. Depois da ileostomia, a urostomia também surgiu, como oportunidade de corrigir cirurgicamente problemas no sistema urinário.

A primeira urostomia foi realizada em 1950 pelo urologista americano Eugene Brickel após um período de estudos e tentativas, que culminariam na técnica que, até hoje, é a mais difundida para a realização da ostomia urinária.

Bolsas de colostomia, urostomia e bases adesivas, utilizadas nas décadas de 60 e 70| Fonte: WOCN

A cirurgia consiste em criar um reservatório para a urina, utilizando um segmento do intestino delgado (o íleo), garantindo que o ostomizado possa continuar realizando suas atividades com total autonomia.

Celebridades que fazem ou fizeram uso da ostomia

A ostomia é uma intervenção cirúrgica relativamente comum – se você acompanha as novidades da Osto+, já sabe disso! De fato, estima-se que 1 pessoa a cada 1.000, na população geral, tenha uma ostomia!

Isso significa que, na prática, há todo tipo de pessoas com ostomias – dos anônimos aos famosos, dos trabalhadores aos Chefes de Estado!

A modelo inglesa Bethany Townsend veio a público através de suas redes sociais expor sua condição de pessoa ostomizada, postando fotos de biquíni, em que a bolsa aparecia, para encorajar outros a fazerem o mesmo e não terem vergonha de seus corpos.

Bethany, que sofre com a doença de Crohn desde os três anos, é colostomizada desde 2010.

Ao publicar as fotos para afirmar sua própria autoestima, a modelo acabou iniciando um verdadeiro movimento entre suas seguidoras, que tiveram coragem em exibir seus corpos (e suas bolsas de ostomia!) durante o verão, sem qualquer vergonha…

O futuro da ostomia

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma maneira de fixar a bolsa de colostomia através de ímãs, deixando para trás o uso de adesivos que podem causar irritações na pele.

Fonte: Folha de São Paulo

A interação se dá a partir de dois ímãs de neodímio implantados sob a camada intermediária da pele, cobertos por uma capa de silicone.

Para funcionar, os pesquisadores montaram uma estrutura circular com os dois ímãs exibindo um polo positivo e negativo. Ao se aproximarem, os polos opostos se atraem, conforme a ilustração acima, fazendo com que a bolsa consiga permanecer fixa sem que o ostomizado precise fazer uso de adesivos.

Ainda em fase experimental (em animais), a força magnética dos imãs consegue suportar uma carga de até 300 gramas, compatível com a bolsa parcialmente cheia, sem causar danos à circulação do corpo.

Com os resultados positivos, patentes já foram depositadas e o próximo passo da pesquisa é testar o artefato em humanos.

A ostomia é uma intervenção cirúrgica que tem um passado super interessante, e um futuro muito promissor, no sentido de promover cada vez mais conforto, segurança e autonomia para as pessoas que precisam dela… Então, aproveite todos os benefícios que a bolsinha traz no presente, e procure ter uma vida completa e feliz!


**Referências bibliográficas:**Wound – O-wm – The Ostomy Files: The Evolution and Innovation of Ostomy ProductsWOCN – January/February 2008, Volume :35 Number 1 , page 34 – 38Leden, At Van Der – Livro Baas op eigen buik (stoma)

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Carnaval é época de festa, de alegria, de curtir com amigos e família. Se você quiser, pode ingerir bebidas com álcool. Mas, se prefere passar longe dos destilados e fermentados, confira essas 10 receitas de bebidas sem álcool para ostomizados que querem curtir o carnaval numa boa!

Uma dúvida muito comum é se as pessoas ostomizadas podem ou não beber álcool. E a resposta correta para essa questão é: sim, podem.

A menos que haja alguma contraindicação, não pela presença da ostomia, mas por conta de alguma doença de base (como o câncer ou doença inflamatória em atividade), ou de algum tratamento (como a quimio ou a radioterapia, por exemplo).

Mas pode ser que o álcool simplesmente não seja a sua “onda”… Isso não quer dizer que o Carnaval vai ser menos divertido. Pelo contrário! 

Então, os ostomizados podem ingerir bebidas com álcool?

Pois é. Podem. Mas algumas dicas são super importantes e convém estar atento. Em resumo. Antes de mais nada, é preciso ter discutido o assunto com o seu médico, que é a pessoa mais indicada para dizer o que é melhor para o seu caso, especialmente. Quando o assunto é bebida com álcool para ostomizados, lembre-se: moderação é fundamental. Procure se manter bem alimentado e bem hidratado enquanto bebe, e não deverá ter maiores problemas….

A dúvida mais frequente sobre o álcool para ostomizados: e quanto à cerveja?

Talvez a mais popular das bebidas alcoólicas em nosso país, principalmente em períodos como o carnaval, a cerveja suscita muitas dúvidas. Mas, de novo, vale o bom senso. Além do álcool, é preciso tomar cuidado com a cerveja porque ela é gaseificada.

E, sim, os gases ingeridos tendem a acumular na bolsa de ostomia. Sendo assim, podem gerar bastante incômodo e, eventualmente, algumas situações desagradáveis.

Receitas de drinks sem álcool para ostomizados. Bora curtir o carnaval!

Então, sem mais demora, se você não curte o álcool, ou sem tem alguma contraindicação médica, os drinks sem álcool são uma opção deliciosa e divertida. Confira!

1. Coquetel de frutas

Quem precisa de álcool quando se tem um coquetel de frutas? A bebida é nutritiva, refrescante e todos vão amar.

Macere os morangos até que se pareçam com uma espécie de purê, enquanto faz dois sucos separados de abacaxi e laranja. Por fim, realize a montagem na ordem descrita: gelo, purê de morango, suco de abacaxi e suco de laranja. 

2. Caipirinha de morango

Se você é fã da caipirinha de limão sem álcool, espere só para provar a de morango! Neste caso, é preciso adicionar morango, açúcar, água de coco, limão e gelo. O segredo do preparo é macerar o açúcar e o morango em pedaços num copo. Em seguida, adicione o gelo e a água de coco. 

3. Limonada com alecrim

Pode soar estranho no primeiro momento, mas, acredite, um ramo de alecrim faz toda diferença nesse drink. A bebida ganha um sabor leve e refrescante, além de se tornar um belo enfeite.

4. Sangria

Originalmente, essa bebida é feita à base de vinho, contudo, temos uma opção de fácil acesso: suco de uva integral. 

Em seguida, basta misturar os outros ingredientes: abacaxi picado, maçã picada, suco de abacaxi, água, açúcar e gelo.

5. Caipirinha de limão

Nessa lista, não poderia faltar um dos drinks mais querido pelos brasileiros, certo? O processo é simples: substitua a cachaça por uma água de gengibre concentrada ou água de coco.

6. Frozen de manga e hortelã

Praticidade é o lema desse drink! Congele os pedaços de manga para depois batê-los com a hortelã no liquidificador. Refrescante e saboroso, convenhamos, não é preciso ter álcool para um drink se tornar o protagonista da festa.

7. Limonada rosa

Mais conhecida como Pink Lemonade, essa bebida é um verdadeiro sucesso nos Estados Unidos. A partir daí, atravessou fronteiras e encantou o coração dos brasileiros.

Para executar essa receita, basta ter os seguintes ingredientes: xarope de framboesa ou morango, suco de limão siciliano, gelo e açúcar. 

8. Cosmopolitan

Esqueça a vodka! Aqui, a grande estrela é a água de coco, suco de limão, suco de laranja e gelo. Basta misturar todos os ingredientes em uma coqueteleira e o drink estará pronto para ser servido. 

9. Drink de gengibre

Se você adora o gosto do gengibre, vai se deliciar com esse drink refrescante. Rale o gengibre e o adicione em uma panela. Em seguida, ferva-o com água, açúcar e suco de limão. Coloque na geladeira e desfrute da bebida.

10. Sex on the Beach

Outra opção refrescante e cheia de sabor é o Sex on the Beach. Contudo, nesta versão, deixamos a vodka de lado e a substituímos por suco de pêssego, suco de laranja, açúcar e gelo. 

Misture todos os ingredientes e sirva em um copo decorado com as fatias de frutas.


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Tem um filho com ostomia e ele vai para a escola? Confira aqui algumas dicas práticas para que esse período seja de crescimento e aprendizado para ele. É possível lidar com a situação de forma a tornar a experiência da criança com ostomia na escola mais fácil!

Começo de ano é época de volta às aulas e cada detalhe é importante para que o aluno, seja criança ou adolescente, tenha um ano produtivo, em todos os sentidos.

Então, como fazer? Como ajudar seu filho que tem uma ostomia a enfrentar os desafios que a escola pode lhe trazer?

Nesse artigo, vamos abordar três pontos importantes, aos quais você deverá prestar atenção, de forma a responder a essa pergunta:

  • Como preparar seu filho para lidar com os colegas, os professores e as diversas situações que poderão acontecer enquanto ele está na escola;
  • De que forma garantir o seu conforto e segurança, no que diz respeito ao cuidado com a ostomia, durante esse período; e
  • Como preparar a escola para receber uma criança ou um jovem ostomizado, assegurando que essa seja uma experiência saudável e produtiva, no que diz respeito ao aprendizado, e também ao convívio social.

A ostomia na escola – ajudando seu filho a se preparar

Aqui, uma primeira distinção se faz importante – ela diz respeito à idade de seu filho.

As crianças menores, que não conseguem ainda realizar os cuidados com a ostomia, precisarão do auxílio de um professor ou funcionário da escola. Em alguns casos, poderá até ser um cuidador (alguém da família, por exemplo, que tenha a disponibilidade).

As crianças mais velhas, assim como os adolescentes, têm maior autonomia e poderão se cuidar sem ajuda.

Num caso ou no outro, é importante ajudar seu filho a ter sempre em mente que a ostomia foi uma medida fundamental para salvar a vida dele e, provavelmente, ainda hoje é o que lhe garante a qualidade de vida.

Além disso, fora a necessidade de manter a disciplina e o planejamento para lidar com certas situações, não há nada que a ostomia o impeça de realizar. Ele pode correr, brincar, estudar, praticar esportes, enfim: tudo o que uma criança ou jovem quer e precisa fazer!

Os mais velhos, em especial, podem querer compartilhar sua condição com os amigos. Do ponto de vista prático, essa é sempre uma boa medida, pois soluciona uma série de questões, muito presentes no dia-a-dia, como a frequência das idas ao banheiro, ou eventuais incidentes que possam vir a ocorrer.

Mas é preciso considerar que, nem sempre, as crianças serão compreensivas e, por isso, há risco de bullying. Nada, porém, que uma rotina de conversar em casa de forma aberta sobre o tema, sempre cultivando uma atitude positiva, não possa ajudar a contornar.

O que é importante o jovem ter em sua mochila

Além dos cadernos, lápis e canetas, é importante lembrar sempre de checar os suprimentos necessários para o cuidado com a ostomia. Uma checagem periódica deve ser realizada, seja com os professores, com a própria criança (ou adolescente), seja até inspecionando diretamente a mochila.

Além do material normal para o cuidado, limpeza ou troca da bolsa, convém adicionar uma ou duas bolsas extras, pre-cortadas, se for o caso. Se você tem dúvida de quais produtos ter na mochila, vale consultar nossa orientação sobre o kit de emergência.

Medicamentos precisam estar sempre à disposição

Além disso, é possível que seu filho faça uso de algum medicamento. Não por causa da ostomia mas, eventualmente, pela doença de base. Se for esse o caso, além de ter orientado a escola a respeito do assunto, manter com ele uma cópia da prescrição médica, bem como uma quantidade suficiente de medicamento, para que não falte.

Em especial, se o seu filho ostomizado depender de uma dieta especial, é preciso cuidar disso também. Afinal, não dá para confiar que a cantina da escola terá o cardápio necessário. Se for esse o caso, sempre considere a ideia de mandar o lanche/a refeição dele de casa.

Comunicação com diretores e professores para tornar a situação mais natural

É muito natural que você, e mesmo seu filho, tenha algum receio de como será a recepção na escola, por conta da diferença em relação aos demais alunos. Mas é possível que este processo transcorra sem nenhum problema. Uma estratégia fundamental para conseguir essa tranquilidade é preparar a escola. Por isso, procure conversar com o(s) diretor(es) da escola e, sempre que possível, diretamente com os professores.

Quanto aos professores, uma conversa franca e abrangente para mostrar a eles que, muitas vezes, haverá necessidade de individualizar certas rotinas (por exemplo, ir ao banheiro mais vezes). Além disso, são os mestres os responsáveis por educar as crianças, ajudando-as a combater o preconceito e a ignorância.

Sempre atentos a tudo o que acontece, os professores são fundamentais para combater o bullying. Sendo assim, o jovem terá condições de seguir estudando e se desenvolvendo com tranquilidade.

Já a conversa com o diretor tem por objetivo trazer a confiança de que a instituição fará todo o possível para dar as melhores condições ao ostomizado na escola, tanto em estrutura física como em respeito e empatia por parte de todos.

Perguntas e respostas sobre o tema

Tanto o jovem ostomizado quanto os pais, familiares e amigos costumam ter perguntas sobre o que fazer. Afinal, não é um procedimento comum e nem todos sabem como tratar a situação. Por isso, vamos tentar ajudar com algumas respostas.

  1. Posso praticar esportes, seja na hora do recreio, seja frequentando as aulas de Educação Física? A princípio, sim. Mas é necessário observar as recomendações médicas, pois cada caso deve ser analisado individualmente.
  2. Como contar para meus amigos? Por vezes, pode ser difícil admitir a condição de pessoa com ostomia, temendo que isso afaste pessoas próximas. Mas, se os seus amigos realmente gostam de você, isso não será problema. Chame-os para uma conversa, conte a situação e, certamente, terá o apoio. O mesmo vale para os pais, que eventualmente temam na hora de contar para os avós, outros familiares ou mesmo amigos.
  3. Como me sentir seguro em ambientes públicos? É fundamental que o ostomizado sempre carregue suprimentos para contornar imprevistos. Além disso, no caso específico da escola, é importante se certificar de que a instituição oferece o apoio necessário, seja com estrutura, seja com profissionais capazes de ajudar.
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É comum pessoas com ostomia ficarem receosas de se divertir, especialmente quando o quadro é recente. Mas realizar uma viagem com ostomia é mais tranquilo do que você imagina.

Pessoas que têm uma ostomia recente costumam ficar receosas quanto às viagens, com medo de se expor ao calor ou ao frio, de molhar a bolsa em atividades aquáticas, ou outras situações.

Porém, não há qualquer impedimento para que uma pessoa com ostomia faça uma viagem. Existem muitas opções de passeios, absolutamente acessíveis, para os ostomizados.

Pessoas com uma ostomia podem viajar de avião, de ônibus, de trem, etc. Mas, claro, sempre com uma liberação médica, afinal, cada quadro tem suas particularidades, e é sempre o médico a melhor pessoa para avaliar os riscos e possibilidades. Viajar, de qualquer forma, sempre é uma ótima opção de lazer. Mas existem restrições? Por exemplo, a pessoa com ostomia pode se aventurar em um acampamento?

Uma pessoa com ostomia pode acampar?

Aqui a resposta depende da infra-estrutura envolvida. Se a pessoa decide acampar num clube de acampamento, com luz elétrica, sinal de celular, acesso a rodovias, água encanada, banheiro, etc., não há qualquer restrição. A hospedagem é semelhante a estar num hotel, só que mais rústico!

Por outro lado, se a decisão for por praticar o camping selvagem, isto é, em locais remotos, sob influência de condições mais extremas (umidade, temperatura, falta de estrutura de apoio, acesso difícil, etc.) é preciso pensar com cuidado…

Mas, sim, o ostomizado pode acampar. Obviamente, existem alguns cuidados, essenciais para não estragar a viagem, a serem lembrados: alimentação, hidratação, higiene, entre outros. Mas é importante ter em mente que a ostomia não deve atrapalhar, em hipótese nenhuma, a diversão. A seguir, você verá algumas dicas de viagem para pessoas pretendem acampar com colostomia.

Bagagem: o que levar para uma viagem com ostomia?

Esse é um ponto que merece atenção especial. Afinal, há itens imprescindíveis para pessoas com ostomia.

Em uma viagem, especialmente em um acampamento, os serviços básicos, como farmácias ou postos de saúde, tendem a ser de acesso mais difícil. O camping, tanto em clubes quanto selvagem, costuma acontecer em locais mais distantes. E é para ser assim mesmo, afinal esse é um dos encantos de acampar.

Todavia, preparar a bagagem para pessoas ostomizadas que irão viajar para locais mais remotos pede atenção redobrada. É importante garantir que se tenha material suficiente para durar a viagem toda. Por isso, recomendamos programar quantidades extras de todos os insumos, afinal, precaução nunca é demais.

Ainda que não seja necessária a troca de bolsa, é imprescindível levar quantidade extra, visto que acidentes podem acontecer, tais como aumento nos movimentos intestinais.

Durante o trajeto, no carro, no barco ou no ônibus, é essencial trazer os produtos necessários em uma bolsa que esteja sempre à mão, caso ocorra algum imprevisto. É também importante que as bagagens com os produtos de cuidado com a ostomia fiquem em locais mais frescos, para melhor conservação. Então lembre-se de evitar guarda-los a temperaturas elevadas, em locais tais como o porta-malas de um veículo que esteja sob o sol, por exemplo.

Cuidados com a alimentação em sua viagem com ostomia:

Quem tem uma ostomia já sabe que a alimentação é um assunto importantíssimo, que requer cautela e planeamento. O ideal é evitar alimentos laxativos, isto é, que ocasionem diarreia (por exemplo: mamão, maçã, ameixa, vegetais folhosos, aveia, farelos, etc.).

Além disso, é interessante manter o hábito de se alimentar de 3 em 3 horas (algo como 5 ou 6 refeições por dia), uma vez que essa rotina ajuda a regular o funcionamento do intestino.

Outros alimentos, que aumentam a formação de gases no intestino, como peixe, repolho, ovo e cebola, devem ser evitados, uma vez que podem causar desconforto.

Agora, uma parte interessante de qualquer viagem é conhecer comidas novas. E agora? Como conciliar esse aspecto da aventura com os cuidados que a ostomia pede?

No caso de provar algum alimento que não seja usual na dieta, o ideal é consumir esse alimento em pequena quantidade. Se for bem tolerado, ótimo. Caso contrário, será mais fácil se recuperar do desconforto.

Precaução com a água a ser digerida

Outro ponto super importante diz respeito à hidratação. E, aqui, há dois aspectos a se considerar.

O primeiro, você já sabe, é a quantidade de água que a pessoa com ostomia precisa ingerir: de 2 a 2,5 litros de líquidos (água, sucos, chás) por dia. A necessidade de transportar ou tratar essa quantidade de água deve ser considerada no planejamento do acampamento, é claro!

Além desse, há outro aspecto: o cuidado com a água que se ingere é fundamental, uma vez que a água quando não bem tratada pode ocasionar diarreia, entre outros problemas. O ideal é sempre beber água mineral engarrafada ou, não estando disponível, água filtrada e fervida.

Pode mergulhar, entrar na água, tomar banho de mar, de lago, de rio?

Sim, mas com prudência…

Pessoas que têm uma ostomia recente às vezes hesitam em participar de atividades que envolvam entrar na água. Existem acampamentos em praias ou rios, e no caso dos lugares de clima mais quente, um bom mergulho é um prazer e tanto, não é mesmo?

Não há qualquer impedimento para que a pessoa ostomizada entre na água. Com os produtos e acessórios adequados, não existe nenhuma contraindicação para realizar tal atividade.

Há algumas providências inteligentes a se tomar, de qualquer forma. Por exemplo, esvaziar a bolsa antes de mergulhar é importantíssimo. O ideal, também, é ter trocado a placa nas últimas 12 horas antes de mergulhar, a fim de garantir a máxima função do adesivo. Utilizar um equipamento com filtro também é importante, uma vez que ele ajuda a impedir a água de entrar na bolsa.

Tomando essas precauções a diversão é garantida e ninguém passa calor.

Animou? Quer dicas para viagem com ostomia para acampar no Brasil?

No Brasil, não faltam lugares para acampar. São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e muitos outros destinos nacionais têm diversos lugares para você que depois dessas informações está animado para curtir com os amigos e a familia.

Você já ouvir falar no Morro do Sabó em São Roque – SP?

Imagem: Viajanet

Localizado em São Roque, cidade turística do interior de SP, o Morro do Saboó não decepciona quando o assunto é acampar e entrar em contato com a natureza. A subida até o ponto mais alto pode ser um pouco cansativa. Entretanto, a vista lá de cima é recompensadora – é possível admirar a cidade e a natureza que a envolve.

Conheça a lista completa dos **30 lugares para acampar no Brasil** elaborada pelo blog do ViajaNet.

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A vida é para ser vivida, e o fato de ter uma ostomia não pode ser impeditivo para viajar e conhecer lugares que, na verdade, estão esperando por você! Mas… espere! Você acha que ostomia e viagens não combinam? Espere até ver nossas dicas de viagem para ostomizados!

Ostomizado: nova rotina e novos roteiros

Sim. É bem verdade que sua rotina mudou depois da ostomia. Alguns cuidados foram incorporados no seu dia a dia, e agora você tem de se organizar, planejar melhor suas saídas e levar alguns acessórios que antes não faziam parte da sua bagagem.

Entretanto, observando alguns detalhes, é possível sim, fazer viagens e conhecer novos roteiros, mesmo aqueles que você tanto sonhou fazer e que acha que não conseguirá mais.

Viagem para ostomizados

É bastante comum a pessoa ostomizada se sentir um pouco vulnerável, principalmente com a possibilidade de um vazamento inesperado.

Vale lembrar que situações embaraçosas são passíveis de acontecer com qualquer pessoa, independentemente de ser ostomizada ou não. Assim, organize-se e faça suas malas, seja verão, seja inverno.

Como me organizar na viagem?

Com um pouco de flexibilidade e organização, você verá que a viagem e o ostomizado combinam perfeitamente. Assim, veja o que deve fazer antes da viagem:

  • Materiais: adquira uma quantidade de materiais o suficiente tanto para o trajeto, quanto para o período de estadia: placa, fitas, bolsas, gelificador, medidor, tesoura, gaze, sabão etc. Não se esqueça do álcool em gel ou similares, para higienizar as mãos, caso tenha de usar algum banheiro público;
  • Documentação: peça ao seu médico a receita dos medicamentos que ainda usa e uma declaração comprovando a necessidade de portar os materiais que levará, principalmente em viagens internacionais;
  • Alimentação: procure não ingerir alimentos de digestão mais difícil antes de viajar. Convém comer saladas, frutas, legumes e carnes magras, grelhadas. Mais uma coisa: não deixe de tomar água!
  • Médicos: leve consigo uma relação de médicos e hospitais existentes no local para onde você irá. Tomara que não, mas se precisar, já estará à mão.
  • Identificação: algumas associações fornecem identificação para quem vai viajar, uma vez que há certas leis que estabelecem direitos específicos para ostomizados e, conhecê-las, só lhe trará benefícios, certo?

Viagens de carro

Viagens de carro são ótimas porque você pode curtir mais a paisagem, tirar boas fotos e descansar, além de esvaziar sua bolsa, ainda que não esteja totalmente cheia. Afinal, nem sempre se sabe qual será a próxima, não é mesmo?

Posicionar corretamente o cinto de segurança é imprescindível para seu conforto e para não correr o risco de vazamentos.

Trânsito pela frente? Carregue consigo um coletor para leito se tiver uma urostomia ou um recipiente bem fechado. Quanto aos insumos, estes devem ficar no lugar mais frio do carro para que não haja danos por causa do calor, preferencialmente recebendo algum fluxo ar condicionado, frio.

Viagem para ostomizados: avião

Extravios de bagagem são muito comuns. Logo, a melhor solução é levar seu kit na bagagem de mão e, para não ter problemas com a tesoura, devido às restrições nos voos, deixe tudo cortado com antecedência.

Isso também dará mais agilidade durante a viagem, caso tenha de esvaziar sua bolsa. Afinal, sua rotina de cuidados não dever ser mudada. Por isso, também não se esqueça das garrafinhas de água para fazer assepsia, caso precise.

Quanto à alimentação, algumas companhias dão opção de cardápio já no momento da compra da passagem. Opte por alimentos mais leves e que não gerem gases ou odores muito fortes. Dependendo do lugar para onde for, você deve evitar alimentos crus, in natura e não embalados.

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Cuidar de uma pessoa idosa é certamente uma tarefa de amor, paciência e dedicação. Aprendemos a ser mais humanos, mais carinhosos, mais empáticos. Para o cuidado do idoso com ostomia, é preciso ter mais atenção a alguns pontos mas, no geral, pouca coisa muda. 

Abaixo você vai ver dicas e sugestões que preparamos com carinho. Esperamos que, com o que você aprender nosso texto, sua ajuda a essas pessoas seja mais efetiva e bem estruturada.

Também queremos que você perceba que é possível, ao idoso, levar uma vida feliz e completa mesmo na situação de ter uma ostomia de eliminação. Isso vale para o idoso ostomizado, e também seus familiares e amigos.

A importância das amizades, passeios e círculo social

Colocamos em primeiro lugar essa questão, a que poucos dão visibilidade. A terceira idade esconde muitos medos e anseios que os mais jovens talvez desconheçam; as limitações do corpo, a doença, a solidão, etc. são algumas dessas questões.

O apoio das pessoas próximas é fundamental para manter uma atitude positiva e uma vida de qualidade. Assim, é importante incentivar o idoso a ver pessoas, conversar com amigos, passear, enfim, ter uma rotina de convivência social, de preferência fora de casa.

Ainda que não seja possível, para essa ou aquela pessoa de idade, sair por conta própria. Essa é uma ótima oportunidade para ajudar: até mesmo os idosos acamados colhem benefícios se tiverem um mínimo de contato com outras pessoas, ou se visitarem outros locais (nem que seja o cômodo ao lado)…

A solidão, a rotina e o tédio certamente não ajudam ninguém a lidar com dificuldade alguma, não é mesmo? Ao contrário, as amizades, os relacionamentos e o lazer certamente contribuem para aceitar e lidar com a ostomia (e tantas outras doenças) da melhor forma possível.

Além disso, idosos com colostomia também podem se beneficiar do contato com os grupos de apoio a ostomizados que existem em diversas cidades do país. Esses grupos são uma ótima opção, até por causa do encontro com pessoas na mesma condição, como forma de apoio mútuo.

Dicas para o momento do banho

Essa é das dúvidas mais frequentes no cuidado do idoso com ostomia. Não é necessário que a troca de bolsa seja feita durante o banho. Contudo, essa pode ser uma alternativa interessante, em função da facilidade para descolar os adesivos da pele, além da praticidade de realizar a higiene do estoma e da pele em torno, durante o banho.

Não tenha receio. O sabão e a água podem ser usados sem moderação, embora alguns cuidados sejam necessários, pois a pele do idoso é mais frágil. A água deve ser morna ou fria, nunca muito quente, para não sensibilizar a pele periestomal. O jato de água também não deve ser muito forte, pelo mesmo motivo. O sabonete deve ser neutro e, de preferência líquido. Ao limpar a região, os movimentos devem ser feitos de forma delicada, para não machucar.

A troca da bolsa de ostomia

Nesse quesito, alguns cuidados são importantes. Primeiro, nunca deixe a bolsa encher para além de um terço (até no máximo metade) de sua capacidade. Esse cuidado é útil para prevenir eventuais descolamentos e vazamentos, que podem causar irritação e até lesões na pele.

As trocas de bolsa devem ser feitas conforme a orientação de seu estomaterapeuta. De forma geral, o intervalo é de três a quatro dias entre as trocas, ou sempre que houver sinais de vazamento.

Também é importante manter um kit de materiais sobressalentes com o idoso quando ele estiver fora de casa, além de não permitir que o estoque de bolsas e demais produtos esgote de forma não planejada.

Cuidar da alimentação é um dos fatores para tentar estabelecer uma rotina de esvaziamento da bolsa com menor frequência. Por isso, procurar consumir alimentos mais constipantes, isto é, que propiciem eliminações mais pastosas ou sólidas, é um dos principais cuidados do idoso com colostomia e ileostomia.

Uma das prioridades no cuidado do idoso com ostomia: a pele ao redor do estoma

Como dissemos, a pele do idoso é naturalmente mais sensível. Isso porque, durante o processo de envelhecimento, diversas alterações acontecem, para que a proporção de colágeno seja menor e, com ela, diminua também a hidratação da pele.

Assim, para evitar irritação, machucados ou mesmo sangramentos na pele da área periestomal (pele em volta do estoma), é importante manter a rotina de cuidados e trocas que mencionamos.

Banhos de sol

Além dos benefícios para saúde e bem-estar como um todo, no caso dos cuidados do idoso com ostomia é importante que se tome o sol da manhã na pele periestomal, entre 15 e 20 minutos. Por ser uma região delicada, nunca deixe essa área diretamente em contato com os raios solares: uma gaze úmida é indispensável e suficiente para proteção.

Além disso, de acordo com o Dr. Drauzio Varela, em um post sobre a importância da Vitamina D, a osteoporose e fraturas ósseas, problemas críticos na vida dos mais velhos, guardam relação íntima com a falta de vitamina D. E também nesse quesito, o banho de sol ajuda!

Ficou com mais alguma dúvida?

Esperamos que, com nossas dicas e sugestões, os cuidados do idoso com ostomia sejam mais fáceis e naturais para você. Mas se surgir mais alguma dúvida, nós da Osto+ teremos prazer em ajudá-lo. Acesse nosso blog e obtenha mais informações gratuitas sobre cuidados com idosos colostomizados e também outros temas. Até uma próxima.

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